quarta-feira, dezembro 26, 2007

Rehab

Adriano Emperor, a versão máscula de Lindsay Lohan, comemora com Ronaldo Gordo seu novo emprego no São Paulo, bem mais perto de seus amigos cariocas do que Milão! Reparem na papada de Ronaldo! E Ronaldo que vir pro Mengão em 2008... se ele fosse mesmo rubro-negro, iria jogar no ataque mortal do Fluzão!

quarta-feira, dezembro 19, 2007

Letícia

A imagem do lado é um registro (tirado de O Globo) de uma mulher que acompanhava esta tarde o STF decidir a favor do prosseguimento das obras de transposição do Rio São Francisco. A obra é um dos grandes - se não for o maior - cartões de visita do regoverno Lula mas atravessa percalços e polêmicas.

A mulher ao lado é o que me interessa. Porque ela não é apenas e tão somente linda, daquele jeito que chega até a doer na alma, saber que uma mulher pode ser linda desse jeito. A mulher fotografada é Letícia Sabatella, atriz global e militante política assumida.

Ela se sensibilizou com a atitude de um religioso que é contra a obra no rio e entrou em jejum para protestar. Letícia esteve hoje na capital federal junto de outros brasileiros que discordam da transposição e deu estes brasileiros a voz doce e um rosto que encanta. Ao sentar-se ao lado de gente comum, Letícia torna-se ainda mais linda, não por contraste, mas por um somatório de forças.

A decisão do STF e as palavras ditas pelo governo estão nos privando de ver Letícia sorrir. O semblante da moça na capa da Folha de hoje era o de alguém preocupado. Ao saber da decisão, Letícia chorou. Fazer chorar uma mulher linda dessas já devia ser motivo suficiente pra perda de cargo público.

segunda-feira, dezembro 17, 2007

Em 2008, a cobra vai fumar.

sexta-feira, dezembro 14, 2007

Meu parlamento preferido

Isso é o que eu chamo de democracia participativa.

terça-feira, dezembro 11, 2007

How the Empire was won



Good Times Bad Times
Ramble On
Black Dog
In My Time Of Dying
For Your Life
Trampled Under Foot
Nobody's Fault But Mine
No Quarter
Since I've Been Loving You
Dazed And Confuse
Stairway To Heaven
The Song Remains The Same
Misty Mountain Hop
Kashmir
Whole Lotta Love (bis)
Rock And Roll (bis)

Londres, 10/12/2007

sexta-feira, dezembro 07, 2007

Enquanto isso, no Acre


A inclusão digital acaba de virar trocadilho. Chegaram atrasados. Confira a explicação oficial em nota, bastante razoável até.

Quem deu este furo (ih, rapaz) foi o altovolta. Sim, ele ele está listado logo ali do lado.


Nem pra valorizar o produto nacional, as brasileirinhas. Repare, são gringas - e barangas. Tsc, tsc.

segunda-feira, dezembro 03, 2007

Alguém me entende nessa vida.

quarta-feira, novembro 28, 2007

War in Rio

We're gonna groove

Vamos todos escrever cartinhas pro bom velhinho pedindo a volta do Led, galera. Vai que dá certo?

quarta-feira, novembro 21, 2007

Dois toques

O English Team andou vacilando e corre o risco de ficar de fora da Euro 2008. Se derem mole novamente, hoje, diante da Croácia, os ingleses entrarão em depressão!

A cena todo mundo já viu. Abre o repórter no estádio e vem a pergunta: "O time setá preparado pro jogo?"

Seria tão mais bacana responder "Preparadíssimo, ontem rolou uma festa aqui na concentração, vi entrarem umas 40 gostosas, 5 bandas de pagode e uma meia dúzia de caras com pinta de traficantes... aliás, eu consegui entrar na festa lá pelas 4 da manhã e vi Beltraninho torto de bêbado, ele estava divertidíssimo e me passou uma béque que era um camarão!"

segunda-feira, novembro 19, 2007

Enquanto o Império do Dólar ruía

Estamos de volta, ainda que já tenhamos voltado de fato há uma semana. A roupa suja de viagem já foi lavada, a poeira de 20 dias de abandono do lar parcialmente varrida e agora já vejo dezembro raiar - apesar de ainda atravessarmos novembro. Fui apenas ali dar um alô a amigos e já voltei, com as palavras ainda por serem devidamente resgatadas de mim para que algo desses quilômetros e horas de férias e estradas e salas de embarque possam virar estórias.

Quando voltei, as ruas de Porto Alegre já me davam alguma saudadezinha e até me receberam com um solzinho e azul lá em cima que dava gosto, apesar de eu estar em cima da hora para retornar ao cotidiano de 8 horinhas diárias de trabalho. Minha barba já havia crescido, minhas leituras progrediram, o Flamengo voltou a se comportar como deve e, conforme prega o evangelho de Hugo Chávez, o Império do Dólar avançava a passos largos em direção à ruína, seja lá o que isso possa querer dizer.

Ainda que eu tenha sido atacado por um resfriado em plena Capital Federal e que meus planos de improvisar uma passagem por Juiz de Fora tenham dado em furos, deu pra beber chope em São Paulo, dançar samba em Curitiba e enlouqucer ao som de batidas balcãs no Rio. Houve sexo, houve roquenrou, houve tanta coisa - houve até um jogo do América de Natal.

Enquanto eles ruíam, eu jantava às 5 da manhã.

sexta-feira, novembro 02, 2007

E você, já votou na gente?

sexta-feira, outubro 26, 2007

Ídolos

Peraí, você não conhece o Ídolos de Bigode? E não sabe que os Ídolos podem se consagrar mundialmente?

Vai ficar aí de bigode na pista? Vá lá dar seu foto na categoria "Melhor Blogwurst" e tente me cobrar o favor caso ganhemos!

quinta-feira, outubro 18, 2007

Pé em deus e fé na Estrada

Curitiba, São Paulo, Rio, BH, Brasília e férias. 1.5Gb de música armazenada. 4 ou 5 livros na bagagem. Saudades várias, descobertas tantas. Começa amanhã minha pequena epopéia de férias, quando sair o ônibus de Porto Alegre rumo a Curitiba noite adentro e é bom viajar de noite porque quando amanhece, é ótimo saber que você já está noutro lugar.

Compromissos? Apenas comigo mesmo e com os amigos, porque é o que importa. Junto pretendo levar um caderno pra ir anotando a viagem, compondo a minha paisagem pessoal da coisa toda, da distância e das horas e das caras e das cores. Não imagino como será a chegada à Brasília lá no começo de novembro após tanto chão e tanta gente, decerto.

Como não imagino, posso tentar descobrir, mesmo que aos poucos. Se valerá a pena, as palavras e este cara vai dizer depois.

"Um passo a frente e você já não está no mesmo lugar".
Chico Science

quinta-feira, outubro 11, 2007

Whole Lotta Luck

"Congratulations we are very pleased to be able to offer you tickets for the Ahmet Tribute concert at the O2 Arena in London on the 26th November 2007. Please read the below information carefully before you proceed to booking, by continuing to the booking page you are agreeing to all the below."

Um afortunado mineiro recebeu em sua caixa postal o e-mail mais esperado do ano de 2007. Vale a pena acompanhar a saga, porque um dos nossos se deu bem na vida.

Led Zeppelin: Dia 26/11 vai ser tudo deles.

quarta-feira, outubro 03, 2007

Estamos indo para onde?

Deu a notícia no jornal na hora do almoço. Outro flagrante de roubalheira do nosso rodo cotidiano, dessa vez com um tempero de maldade mesmo - uma quadrilha dava um jeito de fabricar próteses humanas com material falsificado para ganhar uma graninha a mais em cima dos otários que dependem de próteses, inclua aí quem perdeu uma perna, o médico que atende a vítima, um plano de saúde que custeio o tratamento, o Sus, nosso dinheiro pago em impostos.

Eu ainda consigo me revoltar e ficar chocado em como há gente nesse país que consegue sempre dar um jeito de passar a perna no próximo não importa a conseqüência, mas o motivo raramente muda. Silvio Santos enxergou fundo na alma brasileira quando vislumbrou o "Topa Tudo por Dinheiro", um BBB sem pseudo-tramas globais.

Deve haver alguma razão que explique o estado de coisas para o qual caminhamos. A se julgar pela descrença geral da população em instituições públicas, corremos o risco de acordar um dia com o país unido em torno de algum "Messias" do momento, que a partir de alguma excentricidade pré-fabricada para nos parecer humano, nos dará outro golpe - e o Brasil é chegado num golpe.

Não consigo deixar de lembrar que um presidente ou dirigente comuna maroto quebrou toda a Albânia ao cair da URSS cooptando sua população num inacreditável e batido golpe da pirâmide. Ele se escafedeu com toda a grana dos miseráveis albaneses.

É essa nossa vocação, de florão da América a Albânia?

Talvez não, mas aí, vejam bem, mas aí depende da gente resolver passar a viver num país sério. Eu tenho um amigo que mora em Brasília que resolveu começar a revolução a partir de si e pretende com seu exemplo motivar os demais de nós a fazer o que é certo - acertar individualmente para acertarmos o coletivo.

É como disse o Hélio Luz, ex-chefe da Polícia Civil carioca do final do século passado, mais ou menos com essas palavras: se a gente quiser uma polícia honesta e eficiente, então não vai ficar só a polícia subindo morro e matando favelado... vai ter pé na porta em apartamento na Vieira Souto, batida policial no Leblon. Não vai mais dar pra estacionar em local proibido. Polícia honesta vai aplicar a lei pra todo mundo. Será que a população quer uma polícia honesta?

O meu amigo Carlos Jazzmo quer. E você?

quarta-feira, setembro 26, 2007

"Pede pra sair, moleque!"

Ao saber que o filme escolhido para representar o Brasil no Oscar era "O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias", o molequinho do filme arrumou seus pertences, catou sua bola e desapareceu do pedaço.

Nunca se sabe quando os Homens de Preto podem bater à sua porta com um saco na mão.

sexta-feira, setembro 21, 2007

Esse é o homem

Ben-Hur Moreira Peres, natural de Bagé (RS), 30 anos, zagueiro.

Atualmente, respondendo pela zaga do ABC de Natal.

Kléber Leite, esse é o homem!

quarta-feira, setembro 19, 2007

Rear of the Year

Antes que o amigo fique muito animado, advirto que é um concurso de mulheres inglesas.

sexta-feira, setembro 14, 2007

Ouvido não é penico



Eric Clapton & Mark Knopfler - Layla

quarta-feira, setembro 12, 2007

"Na sequência Renan saiu do Senado e seguiu para uma igreja de Brasília."

terça-feira, setembro 04, 2007

O grande barato da coisa toda

Pense na quantidade de músicas que você descobriu online. Pense naqueles filmes que você descobriu em produção. Pense na quantidade de gente bacana que você descobriu navegando. Pense nos escritores, blogueiros, fotógrafos, mestre-cucas e o que mais seja descobertos em telas digitais. Pense em como você pensa a sua televisão, seu celular, seus hábitos.

Diante do equipamento e de uma boa idéia, pouquíssima coisa vai te impedir.

sexta-feira, agosto 31, 2007

Perguntar ofende?

Dois trens se chocaram no ramal Japeri, no Rio, semana passada, matando 8 pessoas e vitimando centenas na Baixada Fluminense. Parece até ironia, um acidente com meios de transportes por suspeita de má-manutenção com diferença de dias para um outro que despertou tanta comoção pública.

Está tudo lá: autoridades que não cobram serviços decentes, falhas técnicas de manutenção e alguém ganhando dinheiro com o desserviço. Só não estamos falando de vítimas da classe média/alta - quem anda de trem não usa black-tie - ou de governos petistas - o prefeito do Rio é um autêntico Democrata e o governador, apesar de simpático ao presidente, é do PMDB.
E cadê o Cansei? Cansaram?
"Não faremos nada que você não queira, meu bem"

Para quem manja de inglês, vale a pena dar uma conferida na atual matéria de capa da Economist. O Estadão deu no blog de Renato Cruz com o link bonitinho pra história.

Pra quem curte uma teoria da conspiração, essa aqui é das melhores.

Em tempo, não há como o cidadão antenado não ficar cabreiro ao se dar conta de como o Google vem tomando conta de sua vida na rede - ao mesmo tempo em que cada vez mais pode-se resolver as tarefas e decisões plugado. Por exemplo, este defunto autor se loga no Blogger e já pode abrir orkut, Gmail, Gtalk e o que mais for Google na vida sem precisar se logar nos demais, uma vez que já entrou na rede deles.

É como se estivéssemos numa grande e imensa rede dentro da própria internet, uma imensa intranet. Claro, é super-prático. Mas todas as informações que o usuário adquire ou produz estão ali armazenadas na mão dos caras que controlam o que pode ou não figurar no grande site de buscas de toda a rede. Captou?

O princípio de crescimento deles é simples e quase orgânico: quanto mais usuários, mais informação e mais clientes.

quinta-feira, agosto 30, 2007

Gimme back my alcohol

Reuniões de condomínio? Missas de sétimo dia? Casamento evangélico? Encontro anual dos monitores do AA? Filme iraniano com legendas eletrônicas em alemão?

Pura diversão!
Como dizia o sábio - certamente já bêbado - barriga é sabedoria.

terça-feira, agosto 28, 2007

Everything except compromise

There goes my hero, he's an ordinary guy.

Juro pra vocês que pouca coisa me faz tão bem quanto as primeiras notas de "Like a Rolling Stone". Oh, gal, once upon a time you dressed so fine, you threw the bums a dime in your prime, didn't you?

sexta-feira, agosto 17, 2007

O resto é fumaça


Flamengo 1x0 Fluminense, 16 de agosto de 2007.

quinta-feira, agosto 09, 2007

Eu estava andando hoje pelo Iguatemi e acabei lembrando que os capacetes do Senna estavam por ali, numa mostra promovida pelo Instituto Ayrton Senna. Fui lá dar uma chegada e vendo os capacetes de perto dava uma nostalgia bacana, misturada com aquelas curiosidades que alguém que só acompanhou as corridas pela tevê tem a oportunidade de descobrir - diferentes tons do amarelo dos capacetes, cicatrizes das pistas (arranhões, manchas), a evolução dos capacetes. Confesso que nem eram tantos, uns 6, mas de alguma forma, aquelas imperfeições e cicatrizes é que davam toda a graça nos capacetes - eram como se fosse um atestado do homem que costumava vestí-los.

Além dos capacetes, havia um legítimo macacão dele, da época da McLaren, e de frente para a roupa, eu consegui aquela sensação que só a proximidade te permite. Acabei me dando conta que nunca havia parado pra pensar se Senna era um homem alto ou baixo, por exemplo. O macacão vestia alguém que tinha coisa de 1.70m ou algo por aí, um homem como eu ou o leitor, nada de anormal. Mas as coisas que ele fazia!

Um dos capacetes, por sinal, o com maior número de pequenos arranhões logo acima da viseira tinha uma legenda que indicava ter sido usado na prova de Donington Park em 93, onde o homem protagonizou uma primeira volta fora do comum. O macacão era o que ele usava naquela vitória no Brasil no mesmo ano, onde o povo invadiu a pista ao final e ele foi carregado. Foi engraçado reparar que as marcas dos patrocinadores são costuradas no tecido e que se parecem muito com qualquer macacão de fantasia de qualquer moleque.

Então aquelas peças todas frias conseguem transmitir um pouquinho do homem Ayrton, que soube como poucos controlar um carro a mais de 300 km/h dentro de uma determinada trajetória. Saí de lá com um pouco mais admiração pelos seus feitos, vendo que, como qualquer um, ele era apenas um homem.
Grandes idéias

Crédito ao Kibe Loco!

Abaixo, o meu escolhido.


sexta-feira, agosto 03, 2007

Um homem, várias mulheres



Troco toda a minha dignidade humana pela Shakira.

quarta-feira, agosto 01, 2007

Bom dia, Brasil!

Não é de hoje que o Bom Dia Brasil é o meu telejornal favorito. Sua dupla de âncoras (Renato Machado e Renata Vasconcelos) conseguem apresentar as primeiras informações do dia impecavelmente vestidos e deixando subentendida uma quase palpável tensão sexual - e nem vou mencionar as tetéias Michelle Loreto e Mariana Godoy, pra não não chegar na idefectível Poliana, que pode surgir a qualquer momento na TV!

Só lamento que a produção não aproveite tamanho material humano para revolucionar o telejornalismo de nossas manhãs - algumas bem frias!

Imagine uma moça do tempo com viés humorístico:

- Hoje nuvens encobrirão parte do sul do país e a temperatura pode chegar a 21°C, mas e se não chegar? O que você vai fazer? Deus está morto, sabia?

- A massa de ar seco que chega ao nordeste não implica necessariamente num aumento dos apreciadores de Sartre na região.

- O tempo fica chuvoso em boa parte do país, quero dizer, foi o que me disseram.

- O tempo aberto facilita a todos aquele momento gostoso do dia de deitar no chão e olhar para o céu à cata de prováveis OVNIs.

Imagine o casal dialogando as notícias:

- E se continuarmos assim, ficará difícil voltarmos a uma direção certa para o crescimento este ano, Renata.
- Sim, Renato, aliás, adorei sua gravata, amor.

- O índice do Copom baixou três pontos e o governo anunciará medidas hoje para evitar nova queda.
- Pena que nenhuma delas vai suturar meu coração partido, bandida.

- O Flamengo finalmente voltou a vencer e venceu bem ontem a equipe do figueirense por 3x0.
- Venceu bem, nada, Renata, sua flamenguista desgraçada.

- Vamos chamar agora nosso repórter especial de Cultura André Miranda, que cobriu a maratona de 24h do beijo gay, na Avenida Morumbi.
- André, diga pro Renato que não falo mais com ele!
- Mas o que é isso, Renatinha?
- Não estou mais falando com você, ficou surdo?

Uma pena, uma pena!

Aqui, veja Poliana, grande crush do blogueiro, em ação. Não é a coisa mais linda?

terça-feira, julho 31, 2007

Manto Sagrado


Não vou descansar enquanto não a possuir. E tenho dito.


sexta-feira, julho 27, 2007

Suriname 2014

"Just ´cause there´s no soccer, won´t be a cup?"

"Japan and Korea being the base of 2002 Cup and every single people that has a minimun undestending (sic) of soccer knows that this thin guys can´t pass from the firsts matches. They´re good in table tennis, in dvd´s, in pornsadomovies, but not in soccer."

É isso aí. Este blog está com o Suriname e não abre.

quarta-feira, julho 18, 2007

Remedy



Contra todos estes aí que não cansam de tentar nos derrubar.

domingo, julho 08, 2007

La musica es mi radar

Não sei quando começou a ser assim, mas me recordo perfeitamente de, ainda bem pequeno em Mandaguari, Paraná, ouvir meu pai gravar em fitas k7 "Os Alquimistas Estão Chegando Os Alquimistas" de Jorge Ben. Ele levava horas para cortar a gravação no tempo certo. Aí também tinha vezes que ele gravava apenas a contagem regressiva em "Errare Humanun Est", e era difícil achar o tempo certo e tal.


No vídeo, Jorge e o suingue em estado bruto.

E depois me recordo, já morando no Rio, do Let It Be. Lá em casa tinha o Let It Be, o Help! e uma coletânia 62-66 dos Bitols e o Let It Be era o meu preferido dos três LPs. Aquela guitarra de "Get Back" e antes da música-título, "Dig It", uma vinheta com um dos melhores sons de violão gravados e que anos mais tardes eu baixei uma versão de 4 minutos. Essas coisas foram deixando uma marca, como o Slash e sua Les Paul, o grunhido que são os acordes iniciais de "Smells Like Teen Spirit", a agonia orquestrada após a queda do operário de "Construção".

E aconteceu que música, qualquer tipo de música desde que bem executada, virou uma espécie de obsessão na minha vida. Sou do tipo que organiza playlist pra tomar banho, por exemplo. Não lembro da última vez que sentei pra ler ou escrever e não houvesse música ao fundo. Toco air guitar, air bass, air drum. Sozinho e em silêncio, acredite, imagino a melodia e faço as pessoas desconfiarem da sanidade do cidadão na última fileira da condução. A microfonia da guitarra de Page antes de começar "Immigrant Song" me tira do chão. O corinho e as primeiras notas de "Gimme Shelter" antes entrar toda a banda me deixa de pau duro.

A ironia é que tenho surdez parcial e não escuto, a rigor, nadra no ouvido esquerdo. E, talvez por medo de ser um fracasso e certamente por preguiça, não sei tocar instrumento nenhum. Meu lance é ouvir e ler sobre, ver os filmes, ir aos shows, conhecer músicos. E nenhum som entre tantos me faz tão bem quanto uma guitarra sendo bem arranhada. Eu, aliás, amo guitarras. Pra quem não toca lhufas, sei por exemplo, no olho, diferenciar uma Telecaster de uma Strato - o que deve ser a maior bobagem do mundo pra qualquer um que não tenha tamanha fixação.

Ontem teve o tal Live Earth, uma bobagem globalizada que um político norte-americano inventou para conscientizar o mundo de que o planeta está sendo destruído. Não, não é um truque eleitoreiro muito bem engendrado pelo cara que foi roubado na Flórida por George Bush anos atrás, na disputa pela presidência dos States. Então esse sujeito resolveu montar um mega-concerto onde uma porrada de artistas tocou pela causa, o hit do momento, o Aquecimento Global. E, como teve gente boa comprando essa roubada - Metallica, Joss Stone, Foo Fighters, Xuxa - descobri que dava pra, com uma conexão foda feito o meu Virtua, entrar na página do lance e achar links para os shows todos, fugindo do Edgard e da Renata Simões falando no Multishow. Consegui ver alguma coisa interessante, como as deliciosas Pussycat Dolls e uma das minhas músicas preferidas, "Doncha" (Está olhando o quê? Não posso gostar de cachorras requebrando numa música genial, não?).

E eis que, durante a apresentação de Shakira - Shakira se chama Shakira Isabel, sabiam? - aparece um cidadão e sua guitarra ao lado da musa. Eu reconheço aquela guitarra, uma Gibson no estilo Lucille, preta e vermelha, de algum lugar da minha memória musical. Essa possuía duas pontes no corpo, uma abaixo e outra acima das cordas. Só poderia ser ela, que eu conheci num especial da MTV Latina, meados dos 90s, nas mãos de Gustavo Ceratti, guitarrista e cantor da Soda Stereo. E foi graças à tal guitarra de Ceratti que ontem, descobri que ele se chama Ceratti e sua banda era a Soda Stereo. Até então, eu tinha o especial na memória e a angústia de não lembrar quem era a banda.

Descoberta feita, saí atrás daquela música maravilhosa. Arrumei via Soulseek boa parte do MTV (Un)Plugged do Soda (Confort Y Musica Para Volar) e seus dois álbuns ao vivo, "El Ultimo Concierto" (A e B), de linda capa. A música do Soda é definitivamente especial e pra quem conhecer, "De Musica Ligera" é deles. Por trás daquela lembrança de um detalhe na guitarra descobri excelentes músicas. O Soda é uma espécie de Legião Urbana portenho, ao vermos a quantidade e emoção de seus fãs durante "el ultimo concierto". E Gustavo Ceratti, o guitar hero da vez, é um talento.

Em tempo, o título do post atual é uma corruptela de "Music is My Radar", do Blur. Outra música excelente. Corra atrás de suas próprias canções. Eu não canso de correr atrás das minhas.


Soda Stereo, "En la Ciudad de la Furia", MTV Latina, 1996.

sexta-feira, julho 06, 2007

Um homem, várias mulheres



Maltrata o Godo, Joss, maltrata!

sábado, junho 30, 2007

Muito além de Rangun

Os japoneses, sim, sabem fazer televisão.

quarta-feira, junho 27, 2007

Stress

"Desculpe, Sr. Leandro, não vou estar mais te incomodando..."

Gostaria te ter uma M-60 pra cada gerúndio errôneo que me é dito ao telefone.

terça-feira, junho 26, 2007

Um homem, várias mulheres

Essa porra de blog ficou desatualizado muito tempo. Meus dias estão meio corridos e eu sem paciência pra dizer algo de útil a vocês. Ademais, prefiro gastar minha escrita ficcionalmente. Mas tive uma idéia que pode unir o útil ao agradável - além de ser bastante prática: criar essa série de posts dedicados a mulheres maravilhosas que eu dificilmente conseguirei comer.

A primeira eleita é Maggie Gyllenhaal. Reparem no que é uma mulher de verdade.



Como se não bastasse, é linda como apenas mulheres lindas conseguem ser.
Grandes brasileiros vivos

O mundo pode ser dividido em 3 grandes grupos de pessoas.

Bob Dylan.

O resto da humanidade.

Renato Portaluppi.



Adivinha qual deles já tirou onda da cara do Romário?

quinta-feira, junho 14, 2007

Elementar

Se a lógica faz realmente esse sentido todo que se diz, você um dia pode encontrar um travesti e se deparar com questões conflitantes. Ele vira e manda, na bucha de seus 19 cm "Agora quero ver o seu, neném, porque se for menor não faria o menor sentido eu dar pra alguém com menos capacidade que eu e muito menos com menos pau".

Como sair dessa? Correr? Vai correr da realidade do mundo porque um dia se descobre que não é o rei de Havana? Ou vai aceitar a lógica, porque alguém maior assim declarou?

Ele pode ir além. "Que cara é essa, pequeno? O fato de eu ter seios artificiais e esse cabelo comprido e essa maquiagem não anula o porém de você ser menor que eu e, mesmo assim, você aceita que eu dê pra você por se julgar mais másculo mesmo sabendo que meu falo é mais falo que o seu?"

Entende? Ou você aceita a lógica do mundo, ou você se obriga a viver em constante desarmonia. Tudo pode desabar com um travesti com tendência a questionamentos de sinuca.

E ainda assim, na desarmonia, o travesti pode simplesmente te enrabar, porque não faria o menor sentido um homem com desejo de ser feminino penetrar por prazer um macho alfa.

De qualquer modo, se você acha que nunca vai se foder, o melhor é comprar logo vaselina.

terça-feira, junho 12, 2007

Salve, Simpatia!

"Você tem que pegar um facão VIRGEM e bem à MEIA-NOITE de hoje cortar o caule de uma bananeira. Aí vai escorrer o sumo da bananeira e formar a letra do nome da pessoa com quem você vai se casar."

Uau.

segunda-feira, junho 04, 2007

Cascão eterno



Não consigo pensar em nada que seja tão engraçado. Copiei daqui, que chupou daqui.

quarta-feira, maio 30, 2007

Japas colegiais

É muito divertido, minha gente. E proibido para menores também.

segunda-feira, maio 28, 2007

All the hails to the King



"Listen to Elvis was like escaping from prision"

Bob Dylan

quarta-feira, maio 23, 2007

Ele é rubro-negro

Sabem o Samuel Eto'o, aquele que é quase um Obina?

Então.

segunda-feira, maio 21, 2007

The Joker

Ui.

- Créditos a quem é de direito.

Sobre o inverno em Porto Alegre

O inverno em Porto Alegre não é uma estação qualquer. Não são apenas dias que amanhecem frios, desenganam ali depois do almoço e puxam cobertores e tocas e meias ao anoitecer. É algo que vive dentro de cada morador dessa cidade, para o bem e para o mal.

Eu me apaixonei por Porto Alegre graças a ele, o inverno. Eu nunca havia me apaixonado por cidade alguma antes em minha vida. Nem pelo Rio, de quem guardo saudades e maiores do céu azul sobre o Paço num fim de tarde singular ou de um domingo pela Tijuca vazia dentro de um ônibus. Mas Porto Alegre no inverno é como uma daquelas mulheres de quem você não consegue tirar os olhos.

Porto Alegre não é perfeita. Pode ser muito quente. Pode ser um assaltante furtivo em sua casa enquanto você ri em uma sessão de cinema. Pode ser um maltrapilho te abordando nas ruas por cigarros, por dinheiro, por qualquer coisa que custe muito pouco e você ainda não dê. Pode ser um vizinho berrando porque o Grêmio foi capaz de vencer um jogo de futebol numa terça de noite.

Mas então a cidade se resfria, e subitamente, você a sente quase fisicamente te dar as mãos para caminhar pela Redenção rumo ao Moinhos de Vento e no meio do caminho tem um café. Não são as moças de cachecol, todos coloridos, de laços e nós que você queria saber executar. Elas são parte de um todo, de uma cidade que desperta. Um despertar em silêncio, um despertar grave. Eu me apaixonei em caminhar pela cidade, as mãos nos bolsos do casaco, o vento frio procurando brechas em meu agasalho. E a cidade absolutamente fascinante.

Há uma cor no azul do céu de Porto Alegre que não há em qualquer azul que eu tenha visto. Uma cidade que anoitece estrelada. Uma cidade que parece eterna em cada hora. Você caminha e há mais vida em seus habitantes, o chimarrão a punhos e os sorrisos em cada esquina.

Eu não nasci em Porto Alegre. Eu não sei se vou morrer em Porto Alegre. Eu não sei o que Porto Alegre guarda pra mim em seus invernos. Mas a cada manhã, eu não resisto em ficar um pouco mais para desvelar, um a um, seus segredos.

E deixo aqui minha declaração feita a janelas abertas. Para a cidade ver.

sexta-feira, maio 18, 2007

Um clássico

Fala grosso, porra!

quarta-feira, maio 16, 2007

A construção de um ídolo

Nelson Piquet, tricampeão de F-1, em momentos distintos de sua epopéia. O homem que afinava as carangas dos Collor para os rachas em Brasília não leva desaforo pra casa e e acerta um belo direto no chileno Eliseo Salazar para revidar uma barbeiragem do oponente que o tirou da liderança e da pista no GP da Alemanha de 82.

Entre 1986 e 1987, Piquet dividiu as atenções da Williams com Nigel Mansell, genial piloto bretão. A Williams, equipe inglesa, queria porque queria fazer de Mansell um autêntico campeão mas Piquet não deixou barato. Sacaneou o "Idiota Veloz" (apelido cunhado pelo próprio Piquet) indo ao ponto de sumir com os papéis higiênicos nos banheiros da equipe em treinos do GP do México durante uma crise diarréica do rival - o chamado "Mal de Montezuma", conseqüência espinhosa do tempero caliente da comida mexicana.

Piquet faturou o campeonato de 87, deixando de correr a etapa de San Marino por conta de um acidente nos treinos classificatórios que fez com que os médicos o proibissem de largar no domingo.

Aqui, o causo com Salazar em vídeo:


E aqui, Piquet mostra pra Senna que com ele a coisa é meio séria (o lendário GP da Hungria de 86):

segunda-feira, maio 14, 2007

Meu narigão não é engraçado assim de perto?

sábado, maio 12, 2007

Noite

Não façam isso sem saber as conseqüências, crianças. Tudo nessa vida vai ser cobrado mais tarde. Joshua Homme adverte entre palhetadas certeiras... "everybody knows that you are insane". Então, você aumenta o volume e acende o fogo. Você não consegue evitar, não é mesmo?

O fogo, as pessoas, a música acima dos decibéis recomendados.

Logo aparecem as cervejas. Elas se multiplicam, as pessoas também e também as músicas e logo os braços e algumas pernas e sabe-se lá o que mais, há tanto no mundo que deveria passar pelas nossas mãos que não sabemos nem onde deixá-las certas horas. Sabemos que nossas mãos já viram de tudo um pouco nessa vida, já estiveram em lugares sacrossantos e impublicáveis.

A moça do filme passa pela fila do banheiro e me sorri pedindo um Marlboro light.

Joshua Homme ficou em casa, calado, triste decerto. As garrafas do Van Gogh ficaram no freezer, na escuridão solitária do frio, tadinhas. Você move seus pés sem saber direito nem como nem para onde, você sorri como se nada mais importasse, você grita palavras desconexas. Se alguém perguntar onde você está, você dirá que está fora de si. Você dirá?

Pump up the jam, make my day.

A moça que você olha não olha pra você. Mas deve ter outra que você não olha e então essa é a grande merda, não há como você enxergar o que perdeu até que perca. Você simplesmente fecha os olhos e respira fundo após algumas horas, a sensação dos seus pulmões cheios de medo e fúria e desejo. O sangue oxigenando suas papilas gustativas, suas cavidades intra-penianas. E você aceita o que quer que lhe ofereçam porque já não há mais nada a perder a não ser a vontade de levantar cedo no dia seguinte.

Quando as luzes se acenderem, talvez você já não esteja mais presente.

É quando você apaga tudo e dorme.

quarta-feira, maio 09, 2007

Roberto, corta essa!



"Porque lugar de dragão é na caverna."

Em tempo, a música citada de Jorge Ben não foi feita para o Rei. A excelente composição de Ben - que se criou musicalmente no bairro carioca da Tijuca, vizinho do próprio Roberto e do excepcional Tim Maia - teria sido feita para o ídolo vascaíno Roberto Dinamite, que teria trocado uma esposa muito bonita por uma nova mulher de qualidade duvidosa. Isso, que fique bem claro, segundo meu avô, um falecido botafoguense.

segunda-feira, abril 30, 2007

I'm only sleeping

O mundo lá fora, eu posso ouvir, dorme. Falta alguma coisa em mim para eu simplesmente dormir em paz, então prefiro tentar buscar, ainda que dentro de mim, algo pra dormir.

Talvez simplesmente me falte algo de fora, do mundo, da rua que silencia, do vento frio.

O que me falta pode ser um beijo, uma palavra, um pedaço de pão. Pode ser um sim e quiçá um não. Pode ser juízo ou perdão. Talvez falte poesia e sobre muita prosa, não sei dizer agora se faltam palavras mas garanto que o dinheiro sempre acaba faltando e aí é que o sono falta também.

O que eu não quero é que falte estrelas nesse céu nem beijos pra esses lábios. Muitos beijos, tantos beijos quanto estrelas e formigas e horas e amigos. Amigos sorrindo, amigos bebendo, amigos correndo e até dormindo.

Eu não sei o que me falta para deitar e dormir. Talvez falte a manhã.

Talvez dê pra achar num sonho. E se eu achar num sonho o que me falta pra dormir? Seria sonho ainda, ou achado? Seria mistério?

Mas se eu simplesmente deitar e dormir e nem sonhar? Haverá estrelas e beijos e formigas e amigos depois?

Vou lá descobrir. Depois eu conto. Quem sabe.

quinta-feira, abril 26, 2007

Momento merchan

Se cuida, No Mínimo. É tudo nosso.

quarta-feira, abril 25, 2007

Luto

Que história é essa de velar o grande Boris, o mais influente bêbado da história contemporânea, numa porra de catedral ortodoxa?

Yeltsin merecia, no mínimo, a destilaria da Stolichnaya. "Honras de chefe de Estado" seria velar seu corpo (devidamente embebido em éter) na mesa favorita de seu boteco de coração, entre seus pares, os bêbados.

Oras, não vi ninguém trocando os pés nos funerais. Deveria ser pré-requisito protocolar estar enxergando dobrado naquele velório. Imaginem a viúva e as filhas dançando uma psy-polca sobre o caixão. Imaginem os carregadores do caixão tropeçando. Imaginem os atiradores errando a contagem dos 21 tiros. Com balas de verdade. Imagine alguém mijando no fosso ao final.

Deixo aqui registrado meu luto pela segunda morte de Yeltsin.

segunda-feira, abril 23, 2007

Boris 4ever!

Botequins em todo mundo com bandeiras russas a meio-pau!



Vai em paz, Boris. E cuidado com os degraus!

domingo, abril 22, 2007

Scheila casou



Mas não vou falar nada melhor que a própria noiva, gente. Nem vou tentar.

sábado, abril 21, 2007

"Mozão, sai da frente da tv, porra"

- Lindo, o q aconteceria se eu perdesse uma perna num acidente?
- Bem, ficava mais levinha, né?

Há outras pérolas do amor feito essa aí no santo orkut, o herói das noites de sábado em que sua ressaca está tão braba que sair de casa passa a ser uma opção de risco.

quinta-feira, abril 19, 2007

Hope I die before I get old!



Créditos pra nossa querida (e gata) Liv!

terça-feira, abril 17, 2007

O armário e a porta









Vai sair agora, Durval?

segunda-feira, abril 16, 2007

A menina dança

Enquanto a cerveja morna apaga minhas cinzas, a menina dança. Sem compromisso com o mundo, com qualquer mundo que não seja aquele seu, com o som e o colorido e seus pés e sua cintura e um coração que pulsa e não tem muita vontade de parar.

A menina dança em torno de mim e sobre todas as coisas, sobre as luzes estroboscópicas e o gelo seco, sobre falsas louras, sobre o tempo que não volta mais e nunca deixa de se ir. A menina só precisa dançar, diz a música, meus olhos tentam não acreditar que algo possa ser tão simples quanto a dança da menina, que era pura verdade em suingue diante de meu nariz.

Vejo a menina rebolar, os balagandãs em chocalho, os olhos em reviro, tambores em abcesso. Quem sou eu pra não dançar com ela? Quem sou eu pra não fechar os olhos e deixar meu corpo se libertar de mim? Quem sou eu pelas ruas já manhãs querendo meus derradeiros passos? Eu não ofereço resistência, quem resiste é o mundo, é a noite que sempre amanhece, é a música que sempre acaba, é a chama que se perde no horizonte.

Eu sou esse olhar na noite vazia. E nela, a menina dança.

quinta-feira, abril 12, 2007

I said no, no, no.

Amy Winehouse escreveu o melhor verso do ano. Numa das já grandes músicas de 2007, uma autêntica ode à bebedeira pra manter suas mágoas afogadas e seu sorriso torto de pé. Palmas pra ela.

"Didn’t get a lot in class, but I know it don’t come in a shot glass"



Got it, baby?

domingo, abril 08, 2007

Retrato do artista quando vivo

Só pra fazer um agrado a um grande amigo meu, posto aqui algo que publiquei no Dogmas há mais de 3 anos.

"Se estiver faltando emoção ou sexo (ou os dois, vá saber) no seu cotidiano, agradeçam a Deus e à Sony Music por um disco chamado Grace, de um rapazola chamado Jeff Buckley. Lá pelos idos de 93/94, o jovem deixou registrada a sua música para a imortalidade, e é uma bela música.

Pérolas como Lilac Wine, Dream Brother, Corpus Christi Carol e Eternal Life somadas a uma versão linda de arrancar lágimas de um bloco de cimento de Hallellujah (de Leonard Cohen, a musiquinha que toca antes do casamento do Shrek) e ao prelúdio nupcial Lover, You Shoud’ve Come Over (nota atualizada do autor: essa é a melhor música pra trepar já escrita pelo homem, e estou incluindo aqui o Marvin Gaye) fazem desse disquinho de rock uma excelente trilha sonora para o ato de fazer neném. Ou simplesmente curtir aquela fossa porque o(a) seu(sua) ex te deu o fora e a programação da TV não se importa muito com você.

Buckley gravou apenas esse disco, o que o torna além de belo, triste. Jovem e talentoso, ele foi adotado como sensação musical e queridinho do métier após o lançamento de Grace. Mal comparando, isso que a gente vê com os Hermanos hoje aqui desde Bloco do Eu Sozinho. A merda é que Buckley não soube ou não quis segurar a onda, tomou todas, se engraçou com a Courtney Love e um belo dia resolveu mergulhar no meio de um rio após se intoxicar como um bravo num passeio de barco noturno. Juntou-se a Mick Jones e outros que partiram deste mundo mergulhando em sua própria tragédia."

sábado, abril 07, 2007

Saturday Night Fever

Noites de sábado são as mais solitárias que existem. Não me olhe com pena, assim eu vou usar meu humor ácido pra me defender da sua concessão e talvez você deixe de me ver com os olhos atuais. Vem de longe minha relação mal-resolvida com as noites de sábado, talvez porque venha igualmente de longe minha absoluta falta de talento para sustentar relacionamentos amorosos, seja quem for a mulher da vez. As tardes de sábado já são ruins, porque vésperas, mas as noites costumam ser cruéis, implacáveis, silenciosas.

Quando sozinho, você não tem como correr de si mesmo. De seus vícios, da barriga que sabe que precisa perder, das palavras que sabe que irá precisar dizer, do mundo que sabe que não está dando bola pro fato de que você quer estar noutro lugar. Não haverá outro lugar a não ser que você dê o passo inicial, você sabe, todos sabem.

A minha vantagem, e é uma grande vantagem, é estar sozinho numa cidade estrangeira. Se eu estiver sozinho, então não haverá ninguém mesmo, nem dentro daqui de casa. Eu deixo as maravilhosas Soul Sessions de Joss Stone no repeat do toca CDs do quarto aqui atrás e venho pra sala digitar minha solidão sem culpas, não há ninguém que minha solidão mantenha acordado além de mim. Luzes apagadas porque o monitor basta e meus dedos já estão razoavelmente familirizados com a disposição do alfabeto em teclados.

Sem a música, as bebidas, as garotas passageiras, os amigos, as ruas, sobra um homem de shorts e o isqueiro que ele esqueceu na janela após o último da noite e veio a lembrança de outras noites com aquelas músicas, quando as noites não eram tão solitárias e definitivamente bem mais aeróbicas. Ela gostava de Bukowski e da Mafalda e de pão com ovo. Subitamente, eu sinto vontade de parar tudo aqui e me fritar um ovo pra pôr dentro de um pão, o que farei em algumas horas, quando voltar à sala pra acompanhar a fórmula-1 na Ásia em seus horários à prova de audiência.

Entre duas noites de sábado encontrei e perdi um possível grande amor. Não faz muito tempo e não está sendo fácil voltar a estar sozinho desse jeito, com a consciência de que há alguém no mundo que poderia estar agora ralhando que não estou na cama ou simplesmente no meu colo pra me fazer companhia enquanto resmungo. Eu sou um idiota completo diante de qualquer mulher bonita, vocês devem ter percebido, sempre acho que vale a pena me apaixonar por elas e que elas verão algo em mim (mesmo antes do meu sem modéstia alguma elogiado cunnilingus) e que as demais noites de sábado serão de alegria, confissões, planos e, como não, muita sacanagem. É da minha natureza.

Talvez a solidão das noites de sábado também seja parte integrante de mim. Eu sou incurável.

sexta-feira, março 23, 2007

29

São cinco da manhã e eu queria estar dormindo. Em 96% dos casos em que são cinco da manhã e ainda estou acordado, pode apostar, estou fazendo algo que não deveria. Mas hoje, por coincidência, espero, meu aniversário, me vi na cama acordado com algo me mantendo acordado e não, não era nenhuma ninfeta insaciável ou algo digno de nota - apesar de estar sendo registrado aqui a essas horas. O corpo não relaxava. A panturrilha direita incomoda desde ontem e não faço a menor idéia do que seja, então, suponho que seja velhice mesmo. O sujeito que passa os anos que seguem sua formação acadêmica e os posteriores desafiando os limites de sua resistência biológica e espiritual diante de copos das mais variadas combinações etílicas, gente da mais variada índole e experiências das mais variadas morfologias deve aguardar o dia em que ele, o corpo, puto da vida, irá pedir a desforra.

Diante da impossibilidade de dormir as supostas horas que me dou o direito na sua totalidade, resolvi começar o dia um pouco antes. Escrevendo. Havia tempo que não me sentava aqui ou em qualquer outro lugar e escrevia sem maior compromisso que não esse que tento manter com as palavras, de deixá-las tomar parte neste mundo e num arroubo de arrogância do autor com ingenuidade de suas mãos, tentar fazer este mundo em que gravo minhas palavras um lugar menos ordinário. É o único compromisso que andei assumindo nesses anos de vida - hoje, vinte e nove - que pretendo manter por mais tempo. O resto eu apenas observo e cataliso, através dos dias e noites, das caminhadas solitárias por ruas que não sei o nome, dos anúncios e notícias que me chegam aos sentidos sem que eu peça por eles, das noites que o corpo grita e eu não entendo o que ele pede.

E o tempo, para as palavras, é mais que senhor. É a sua essência. As palavras e seus produtores e receptores só podem ser analisados sob o prisma do tempo que lhes resta. Há gente neste mundo que não possui tempo para ler, para interpretar, para sentir. Há gente com tempo de sobra até para escrever. O tempo é a marca original de nossa existência, é a única filosofia de vida que consigo aceitar. Nós somos aquilo o que o tempo faz de nós. Parece mesmo uma daquelas frases baratas que encontramos em diálogos de filmes americanos, mas os filmes americanos são tão bem feitos e não vejo nada errado em usá-los a meu favor. Talvez tenha sido o tempo que me fez levantar da cama e tentar com palavras acalmar o corpo, que digita sem entender direito e dói sem me explicar o motivo.

Há muita coisa acontecendo no mundo digno de algumas linhas. Ontem mesmo, Lula, que um dia foi acusado em rede nacional de televisão de possuir bens de consumo acima de posses e pedir a uma antiga namorada para abortar um filho que ele não queria ter com ela, resumindo, declarado ladrão e assassino, recebeu seu acusador do passado, Collor, elle mesmo, com sorrisos e fotos para as primeiras páginas em seu gabinete de trabalho. Parece que o congresso ou o senado ianques aprovaram a retirada das tropas democrático-pacificadoras do US Army das terras iraquianas onde, nos últimos 4 anos, lá estiveram levando paz, alegria e colorido aos nativos. O Flamengo voltou a ser um time aguerrido que entra em campo com jogadores de futebol, daqueles que dividem as bolas, correm até seu último fôlego e, eventualmente, até gols a favor se mostram capazes de escorar. Romário, gênio, pode fazer algo que antes só um cara chamado Édson se mostrou capaz - alcançar uma avassaladora marca de mil gols escorados. E contra seu time de coração, o mesmo Flamengo que voltou a ser um pouco Flamengo esses dias, deve ser muita honra e emoção para um sujeito que, tal qual James Brown, ama tanto a si quanto a seu ofício.

Tudo isso veio a mim, e agora a você, por meio de tempo e palavras. Palavras são o mais eficiente registro do nosso tempo e talvez com alguma subconsciência eu tenha abraçado essa idéia mais do que deveria. Talvez por isso tenha dormido mal o último par de dias. A véspera de uma marca do tempo e a ausência de palavras de minha parte. Porque o tempo, ao contrário do que muita gente quer nos fazer pensar com ameaças atômicas, climáticas e quetais, não tem essa de caminhar pra trás. Você, agora, é uma pessoa mais evoluída do que há minutos atrás. O tempo, as palavras e a Joss Stone não estão de bobeira nesse mundo.

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Gladiatores! Violentia!
Poucas vezes um fotógrafo foi tão certeiro no retrato da crônica de violência urbana que vem se tornando o nosso cotidiano. Créditos para Carlos Ivan (Agência O Globo).

A foto diz muito sobre o estado de coisas que vivemos. Ela é assustadora como o crime bárbaro cometido por dois dos três rapazes descamisados sendo exibidos como animais capturados pela sempre exemplar Polícia Militar do Estado do Rio. Sim, há um terceiro elemento na foto que segundo a reportagem do Estadão "a polícia garante que o rapaz não está envolvido no crime".

É o garoto do meio, "identificado como Tiago". Ele seria da quadrilha, mas não participou do funesto roubo do carro que resultou na morte de um menino de 6 anos que acabou preso pelo cinto de segurança do lado de fora do veículo, na pressa dos assaltantes que arrastaram o garoto por 7 km.

Mas retornemos para a foto. Sua publicação é óbvia, é um registro cru de como enxergamos a questão da violência. A começar pelos próprios policiais que não aparentam o menor resquício de pudor ante as câmeras de respeitar a integridade física dos trio, muito pelo contrário. Nota-se a excitação em todos, o gosto de mostrar a população sua eficiência em deter o crime (e, no entanto, o carro roubado com o corpo do menino não foi incomodado por nenhum deles durante seu trajeto).

A imagem aparece na capa do Estadão e com maior destaque no JT , que pertence ao Grupo Estado. Acusa os três do crime, ainda que a própria reportagem aponte dois como culpados. Cadê a responsabilidade de um editor com a verdade da notícia aí? Por que jogar um terceiro elemento que não tomou parte no crime aos olhos de leitores estarrecidos? Por que nenhuma censura à violência policial na legenda da foto?

Num exercício de reflexão, imagine você uma foto contendo o deputado mensaleiro João Paulo Cunha, ACM, que já teve de renunciar a um mandato no Senado para fugir de tê-lo cassado e a comunista Manuela D'Ávila, deputada federal eleita com o maior número de votos no país. Os três caminham lado a lado sob a legenda "Parlamentares mancham a democracia com acusações de corrupção e fraudes". Entendeu?

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Brasilianas

Saiu em DVD e vídeo "Brasília 18%", volta do cineasta Nelson Pereira dos Santos à ficção após "A Terceira Margem do Rio", curta de 94. O título do filme é alusivo ao clima semi-desértico da capital federal, situada praticamente no coração do continente sul-americano em vegetação de cerrado, num imenso planalto, que faz com que a umidade relativa do ar na cidade baixe a percentagens quase inumanas (daí o 18%) e não sei se guarda alguma relação com seu filme mais badalado, o "Rio 40°", que faz alusão ao tórrido verão da antiga capital federal.

Apesar de usar a cidade como cenário nas tomadas abertas, não é um filme sobre a cidade levantada no meio do país por JK num tempo onde talvez ser nacionalista não era algo cínico. Brasília 18% é um filme sobre o poder, sobre o lado humano do poder e como o poder embrutece, corrompe e deforma o que poderia haver de bom em nós. Nessa toada, mas aí já estou no campo da elucubração, talvez Brasília tenha "dado errado" porque o país deu errado também, e deu errado antes.

Não seria absurdo pensar que a idéia de Brasília como coração do país fosse mais que uma metáfora para JK. As largas avenidas e as grandes distâncias marcam a capital idealizada pelo homem que trouxe a indústria automobilística para o Brasil. A arquitetura de Niemeyer executada nos anos 50 soa moderna hoje, um outro século. No entanto, as grandes decisões do país continuam saindo do eixo Rio-SP, o que caracteriza o fracasso da idéia de transferir para a Nova Capital o coração do país. O país continuou velho, digamos assim.

Nessa cidade de contradições, temos o filme de Nelson e personagens de várias matizes sociais na trama que, com elementos de noir, navega pelo cenário político da capital - onde as decisões políticas do país são efetivamente tomadas. O grande barato do filme é que as personagens, antes de serem mesquinhas ou omissas ou generosas, são demasiadamente humanas. Não há o tom preto no branco que poderia tornar o filme desnecessariamente panfletário, mas várias cores para esboçar um quadro muito mais rico. O andar de trama nos mostra que os descaminhos do poder são muito mais tortuosos do que imaginamos.

Brasília 18% acabou me fazendo lembrar de outro filme sobre os meandros do poder na capital federal, este de Lúcia Murat, feito dez anos antes: "Doces Poderes". O filme de Murat trata, com muita perspicácia, das relações perigosas entre as intimidades de políticos e aspirantes e empresários de comunicação e jornalistas. Como separar, então, o pessoal e o político? Mas, afinal, o pessoal não é político?

Em tempo, para aqueles que enxergam Brasília como a representação física da crocodilagem nacional, vale registrar que a antiga capital federal, o Rio, esteve sob jugo (a palavra é essa) do casal Garotinho nos últimos 8 anos e o atual governador eleito, Sérgio Cabral, saiu das fileiras do mesmo PMDB de Anthony e Rosinha. O que mais cresce na cidade? Segundo me contou uma jornalista candanga a quem quero muito bem durante uma visita minha à cidade, as favelas. E acredite em mim, já é um favelário imenso.

Talvez falte a Brasília um filme que a retrate como uma cidade feito outra qualquer do Brasil. E, claro, vergonha na cara de alguns de seus habitantes mais ilustres.

quarta-feira, janeiro 31, 2007

Ruivas

Não sei dizer como e porque começou. O fato é que mulheres ruivas, pelo exato fato de serem ruivas, povoam minhas fantasias. O mesmo se dá com japas, normalistas e alunas do Colégio Militar, mas em menor escala do que as indefectíveis moças de cabelos avermelhados. A verdadeira ruiva sempre foi pra mim algo mais profundo que a verdadeira loira. Não tenho fetiche com loiras, aliás, sem preconceito algum.

Mas há as ruivas. Há a Juliane Moore. Decerto há outras mais, belas e impossíveis. A coisa comigo pode ter começado lá pelos meus anos ginasiais, com uma certa Neide, que era ruiva e lá por um certo estágio entre a 6ª e a 7ª série se mostrava muito receptiva às minhas bobagens - imagine o nível de papinho que eu oferecia cerca de 15 anos atrás. E lembro bem até hoje que aqueles longos e quase cacheados cabelos ruivos de Neide me instigavam.

O curioso é que só tenho na memória íntima a presença de Neide. Há pelo menos mais uma ruiva mas, caramba, elas são raras! E eu nunca tive uma ruiva, nunca tive o prazer de descobrir púbis rubros e tudo o mais. Quero dizer, uma vez uma namorada tingiu o cabelo de ruivo mas não era um vermelho tão acintoso assim e ela era uma morena de lascar. Quase não contava como ruiva.

Bem, pelo menos nesse departamento, de ruivas, estou bem-acompanhado.

sábado, janeiro 27, 2007


Robinson Bros, we care for you both.




Wiser time
No time left now for shame
Horizon behind me, no more pain
Windswept stars blink and smile
Another song, another mile
You read the line every time
Ask me about crime in my mind
Ask me why another read song
Funny but I bet you never left home
On a good day, its not every day
We can part the sea
And on a bad day, its not every day
Glory beyond our reach
Seconds until sunrise
Tired but wiser for the time
Lightning 30 miles away
Three thousand more in two days

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Daniela, Daniela...

Não dá pra duvidar de que a moça Daniela é dona de beleza ímpar. Apesar de seu temperamento (aparentemente) brigão, há uma certa aura de moça simpática, menina leve, em sua personalidade. Mas parece que a bocona da moça não se restringe ao seu visual, Daniela simplesmente não consegue passar batida.

Em algum momento de 2006, ela resolveu aproveitar uma praia espanhola com seu namorado para uma rapidinha básica no mar. Até aí, nada demais, e atire a primeira pedra quem nunca fez sexo em carros, escadarias, banheiros públicos, esquinas obscuras. A grande questão é que, como sabemos, um desses fotógrafos de celebridades percebeu a cena e filmou tudo via celular. Pior (ou melhor), vendeu as imagens a alguma publicação das terras de Espanha e a internet se encarregou do resto.

O que era pra ter sido uma trepada em segredo virou a grande notícia de 2006. E, eis que o ano muda, enforcam Saddam e Cicarelli fazendo sexo na praia volta a ser notícia. Dessa vez, injuriada em ver as cenas circulando na web, resolve tentar impedir o acesso ao vídeo (já pirateado e reproduzido à exaustão) através do nosso simpático YouTube, tido e havido como a recém grande idéia da rede. A justiça deu ganho de causa pra liminar de Daniela e seu namorado e alguns provedores (Brasil Telecom e Embratel, acho) cumpriram, bloqueando o acesso ao site.

E aí deu-se a cagada.

Voltando ao início de tudo, a rapidinha no meio da praia, dava pra discussão se encerrar ali, tivéssemos bom-senso. Qual a graça de se fazer sexo em locais públicos? Qualquer um que já o tenha feito sabe que o risco de ser flagrado no ato é o grande auê, a coisa de ter a privacidade invadida mesmo, desafiar a boa conduta social. Não é que se queira aparecer, é justamente o contrário, mas pela via mais difícil. Daniela e o namorado arriscaram e foram pegos. Não fosse Daniela estrela de tv, comerciais, ex-mulher de Ronaldo, se bobear as pessoas nem iriam perceber. Mas ninguém consegue se livrar do fardo de sua existência, e a existência de Daniela, desde que resolveu ser imagem pública, carrega consigo o olho imenso do público ávido em consumí-la. Um pedido de desculpas com um sorriso amarelo era tudo o que caberia ao casal, se envergonhados de terem sido flagrados estavam.

Quem faz coisas em público não pode exigir privacidade. Deve ter gente por aí que não faz a menor questão de saber que caras e bocas faz Daniela quando goza, e no entanto, um belo dia vendo tevê se viu diante do ato real. Essa pessoa não processou o canal de tevê por desreipeitar suas exigências enquanto consumidora e telespectadora. No máximo, trocou de canal algumas vezes.

Porque, curioso, a justiça não impediu que jornais, revistas e televisões pudessem reproduzir as mesmas imagens que fecharam por alguns dias o YouTube no Brasil. Vá entender.