quarta-feira, setembro 24, 2008

Vai cair um mito?

Beleza, gente, a Cláudia Ohana de fato está batendo um bolão aos 45 anos, avó. Não vou discutir o óbvio e a imagem aqui do lado fala por si. Mas temo que o novo nu de Cláudia Ohana será mais um bom momento de décadas passadas que a modernidade vai desprestigiar.

A questão é que Ohana virou mito na década de 80 em função de seu nu exposto na Playboy em fartas páginas com a starlet global e seu chocante despudor pubiano: eram outros tempos e a depilação total era coisa raríssima, quase artigo de luxo. Se o (a) interessado(a) correr no Google e procurar por imagens da moça em questão, logo irá ver do que falo e o porquê do mito.

Nenhuma outra capa de Playboy teve o mesmo impacto em todo um imaginário de uma geração quanto Cláudia Ohana, musa para muitos até os dias de hoje. Entra aí um questionamento, portanto: manterá ainda a musa seus fartos e negríssimos pêlos pubianos?

A mãe de Dandara poderá protagonizar mais um revival maldito da década oitentista, pródiga em revivals lazarentos. Porque se havia algo na década em que Maradona era o tal que faz falta nesses tempos é justamente a possibilidade de um ensaio nu com um excesso de pêlos em foco, ou seios de menos, ou uma barriguinha de mais. Não havia o sem-número de recursos para manipular uma foto digitalmente como temos hoje e as pessoas eram menos preocupadas, havia menos assessoria de imprensa no mundo e coisas afins. O nu de Ohana, ainda que não intencionalmente, carrega este fascínio.

Ou então eu estou apenas velho e rabugento.

quarta-feira, setembro 17, 2008

Pureza

"Carol Miranda decide esta semana se vende sua virgindade por R$ 500 mil"

Se você já achou o título da matéria algo demais pro seu dia, veja abaixo o subtítulo:

"Sobrinha de consideração de Gretchen pode ter sua primeira transa em filme pornô"

“Não entendo. Se a pessoa sai com todo mundo, é vagabunda. Se diz que não saiu com ninguém, é tida como mentirosa. Prefiro passar por mentirosa”, diz ela reafirmando sua pureza.

É uma santa.

quinta-feira, setembro 04, 2008

Celso

Eu lembro do meu amigo sorrindo pra mim. Sorrindo de qualquer coisa. Um sorriso sincero e bonito, como se pudesse varrer a tristeza das ruas. Sabia sorrir de verdade, o meu amigo Celso.

Descedente de orientais, sushiman, palmeirense verde, paulistano e amigo como raros são capazes de ser. Conheço muito poucos que sabem dar valor a uma amizade como o meu amigo Celso soube - e nunca se furtou de nos mostrar. Por isso, é muito difícil agora, horas após a notícia ter entrado vacilante em meus ouvidos, segurar o choro ao pensar que o amigo ao meu lado na foto morreu esta manhã, num leito de hospital.

Tem tanta coisa boa que eu posso falar do Celso. Celso era o tipo de sujeito que se largava do centrão até Congonhas num dia de semana porque eu ficaria umas duas horas ali em conexão e a gente podia gastar meia hora almoçando juntos. Celso dividiria com você o último Marlboro da carteira só pra ter o prazer de conversar contigo sob a noite sem estrelas de São Paulo. Celso ignorava a dor que sentia ao caminhar em seus últimos dias pra encarar busão e metrô e se encontrar comigo quando eu estava em Sampa, ignorava a dor e ria como se pudesse varrer a dor do mundo naquele instante.


Eu quero me lembrar do meu amigo assim, sorrindo.