quarta-feira, maio 30, 2007

Japas colegiais

É muito divertido, minha gente. E proibido para menores também.

segunda-feira, maio 28, 2007

All the hails to the King



"Listen to Elvis was like escaping from prision"

Bob Dylan

quarta-feira, maio 23, 2007

Ele é rubro-negro

Sabem o Samuel Eto'o, aquele que é quase um Obina?

Então.

segunda-feira, maio 21, 2007

The Joker

Ui.

- Créditos a quem é de direito.

Sobre o inverno em Porto Alegre

O inverno em Porto Alegre não é uma estação qualquer. Não são apenas dias que amanhecem frios, desenganam ali depois do almoço e puxam cobertores e tocas e meias ao anoitecer. É algo que vive dentro de cada morador dessa cidade, para o bem e para o mal.

Eu me apaixonei por Porto Alegre graças a ele, o inverno. Eu nunca havia me apaixonado por cidade alguma antes em minha vida. Nem pelo Rio, de quem guardo saudades e maiores do céu azul sobre o Paço num fim de tarde singular ou de um domingo pela Tijuca vazia dentro de um ônibus. Mas Porto Alegre no inverno é como uma daquelas mulheres de quem você não consegue tirar os olhos.

Porto Alegre não é perfeita. Pode ser muito quente. Pode ser um assaltante furtivo em sua casa enquanto você ri em uma sessão de cinema. Pode ser um maltrapilho te abordando nas ruas por cigarros, por dinheiro, por qualquer coisa que custe muito pouco e você ainda não dê. Pode ser um vizinho berrando porque o Grêmio foi capaz de vencer um jogo de futebol numa terça de noite.

Mas então a cidade se resfria, e subitamente, você a sente quase fisicamente te dar as mãos para caminhar pela Redenção rumo ao Moinhos de Vento e no meio do caminho tem um café. Não são as moças de cachecol, todos coloridos, de laços e nós que você queria saber executar. Elas são parte de um todo, de uma cidade que desperta. Um despertar em silêncio, um despertar grave. Eu me apaixonei em caminhar pela cidade, as mãos nos bolsos do casaco, o vento frio procurando brechas em meu agasalho. E a cidade absolutamente fascinante.

Há uma cor no azul do céu de Porto Alegre que não há em qualquer azul que eu tenha visto. Uma cidade que anoitece estrelada. Uma cidade que parece eterna em cada hora. Você caminha e há mais vida em seus habitantes, o chimarrão a punhos e os sorrisos em cada esquina.

Eu não nasci em Porto Alegre. Eu não sei se vou morrer em Porto Alegre. Eu não sei o que Porto Alegre guarda pra mim em seus invernos. Mas a cada manhã, eu não resisto em ficar um pouco mais para desvelar, um a um, seus segredos.

E deixo aqui minha declaração feita a janelas abertas. Para a cidade ver.

sexta-feira, maio 18, 2007

Um clássico

Fala grosso, porra!

quarta-feira, maio 16, 2007

A construção de um ídolo

Nelson Piquet, tricampeão de F-1, em momentos distintos de sua epopéia. O homem que afinava as carangas dos Collor para os rachas em Brasília não leva desaforo pra casa e e acerta um belo direto no chileno Eliseo Salazar para revidar uma barbeiragem do oponente que o tirou da liderança e da pista no GP da Alemanha de 82.

Entre 1986 e 1987, Piquet dividiu as atenções da Williams com Nigel Mansell, genial piloto bretão. A Williams, equipe inglesa, queria porque queria fazer de Mansell um autêntico campeão mas Piquet não deixou barato. Sacaneou o "Idiota Veloz" (apelido cunhado pelo próprio Piquet) indo ao ponto de sumir com os papéis higiênicos nos banheiros da equipe em treinos do GP do México durante uma crise diarréica do rival - o chamado "Mal de Montezuma", conseqüência espinhosa do tempero caliente da comida mexicana.

Piquet faturou o campeonato de 87, deixando de correr a etapa de San Marino por conta de um acidente nos treinos classificatórios que fez com que os médicos o proibissem de largar no domingo.

Aqui, o causo com Salazar em vídeo:


E aqui, Piquet mostra pra Senna que com ele a coisa é meio séria (o lendário GP da Hungria de 86):

segunda-feira, maio 14, 2007

Meu narigão não é engraçado assim de perto?

sábado, maio 12, 2007

Noite

Não façam isso sem saber as conseqüências, crianças. Tudo nessa vida vai ser cobrado mais tarde. Joshua Homme adverte entre palhetadas certeiras... "everybody knows that you are insane". Então, você aumenta o volume e acende o fogo. Você não consegue evitar, não é mesmo?

O fogo, as pessoas, a música acima dos decibéis recomendados.

Logo aparecem as cervejas. Elas se multiplicam, as pessoas também e também as músicas e logo os braços e algumas pernas e sabe-se lá o que mais, há tanto no mundo que deveria passar pelas nossas mãos que não sabemos nem onde deixá-las certas horas. Sabemos que nossas mãos já viram de tudo um pouco nessa vida, já estiveram em lugares sacrossantos e impublicáveis.

A moça do filme passa pela fila do banheiro e me sorri pedindo um Marlboro light.

Joshua Homme ficou em casa, calado, triste decerto. As garrafas do Van Gogh ficaram no freezer, na escuridão solitária do frio, tadinhas. Você move seus pés sem saber direito nem como nem para onde, você sorri como se nada mais importasse, você grita palavras desconexas. Se alguém perguntar onde você está, você dirá que está fora de si. Você dirá?

Pump up the jam, make my day.

A moça que você olha não olha pra você. Mas deve ter outra que você não olha e então essa é a grande merda, não há como você enxergar o que perdeu até que perca. Você simplesmente fecha os olhos e respira fundo após algumas horas, a sensação dos seus pulmões cheios de medo e fúria e desejo. O sangue oxigenando suas papilas gustativas, suas cavidades intra-penianas. E você aceita o que quer que lhe ofereçam porque já não há mais nada a perder a não ser a vontade de levantar cedo no dia seguinte.

Quando as luzes se acenderem, talvez você já não esteja mais presente.

É quando você apaga tudo e dorme.

quarta-feira, maio 09, 2007

Roberto, corta essa!



"Porque lugar de dragão é na caverna."

Em tempo, a música citada de Jorge Ben não foi feita para o Rei. A excelente composição de Ben - que se criou musicalmente no bairro carioca da Tijuca, vizinho do próprio Roberto e do excepcional Tim Maia - teria sido feita para o ídolo vascaíno Roberto Dinamite, que teria trocado uma esposa muito bonita por uma nova mulher de qualidade duvidosa. Isso, que fique bem claro, segundo meu avô, um falecido botafoguense.