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sábado, outubro 04, 2008

E as pessoas preocupadas com a crise financeira em Nova Iorque



Quero ver George Bush encarar.

terça-feira, agosto 05, 2008

Mohammed, um brasileiro

Mohammed dos Santos está preso e é notícia há cerca de uma semana em função de um desatino brutal: ele matou sua namorada, Cara Marie, britânica, de 17 anos, deixou o corpo da moça no box do banheiro de casa pra passar a noite na gandaia (uma performance da Mulher Melancia) e, ao voltar, esquartejou o corpo da menina para então jogar as partes num rio. A polícia ainda procura uma perna de Cara Marie.

Apurou-se que Mohammed teria apelado para a brutalidade medonha diante da ameaça de Cara Marie delatar aos pais de Mohammed, que residem na Inglaterra, seu vício em cocaína. Marie, conta-se, apanhava de Mohammed. Mohammed filmava as surras via celular, como registrou em imagens o corpo esquartejado da namorada.

Parece tudo fruto de uma mente perversa e predestinada para o mal que um belo dia resolveu colocar seus demônios internos em ação. Certo? Um desses apresentadores de programas televisivos com recheio de cotidianos violentos já deve ter dito que Mohammed é um vagabundo e drogado, que deveria entrar no pau e coisa pior. Mohammed certamente não é flor que se cheire, mas seu próprio advogado cantou uma boa pedra em entrevista para o G1.

Desde pequeno, segundo o advogado, Santos atirava pedras em viaturas. “Era um sinal de revolta pela perda do pai policial. Depois disso, ele teve alguns problemas com furto e roubo e até com outra tentativa de homicídio, quando adolescente”, disse Trajano.

Mohammed, maior de idade, morava sozinho e não tinha emprego conhecido. Testemunhas disseram que ele era um popular traficante em seu meio. Ele tinha histórico (roubo, furto e tentativa de homicídio) para a prática criminal. Parece que o que faltou foi o Estado fazer a sua parte diante de um criminoso reincidente. Mohammed estava livre, quando deveria estar preso. O flagrante peripatético de sua tentativa de suborno a um policial via telefone enquanto confessava o crime mostra que o rapaz achava provável escapar da cana mais uma vez. Afinal, recordemos, ele saiu pra balada logo após matar a namorada.

Mohammed, me parece, é somente outro reflexo do nosso estado cínico das coisas.

sábado, abril 05, 2008

Ninguém segura este país!

"Caminhão brasileiro pode ter levado mosquito da dengue para o Uruguai"

Exportação de tecnologia!

sexta-feira, janeiro 11, 2008

Piada do dia

"Aproveitando a oportunidade: a terminação .pf significa o quê?"

E-mail de resposta:

"Que o arquivo vem com arroz, feijão e bife."

segunda-feira, novembro 19, 2007

Enquanto o Império do Dólar ruía

Estamos de volta, ainda que já tenhamos voltado de fato há uma semana. A roupa suja de viagem já foi lavada, a poeira de 20 dias de abandono do lar parcialmente varrida e agora já vejo dezembro raiar - apesar de ainda atravessarmos novembro. Fui apenas ali dar um alô a amigos e já voltei, com as palavras ainda por serem devidamente resgatadas de mim para que algo desses quilômetros e horas de férias e estradas e salas de embarque possam virar estórias.

Quando voltei, as ruas de Porto Alegre já me davam alguma saudadezinha e até me receberam com um solzinho e azul lá em cima que dava gosto, apesar de eu estar em cima da hora para retornar ao cotidiano de 8 horinhas diárias de trabalho. Minha barba já havia crescido, minhas leituras progrediram, o Flamengo voltou a se comportar como deve e, conforme prega o evangelho de Hugo Chávez, o Império do Dólar avançava a passos largos em direção à ruína, seja lá o que isso possa querer dizer.

Ainda que eu tenha sido atacado por um resfriado em plena Capital Federal e que meus planos de improvisar uma passagem por Juiz de Fora tenham dado em furos, deu pra beber chope em São Paulo, dançar samba em Curitiba e enlouqucer ao som de batidas balcãs no Rio. Houve sexo, houve roquenrou, houve tanta coisa - houve até um jogo do América de Natal.

Enquanto eles ruíam, eu jantava às 5 da manhã.

quarta-feira, setembro 19, 2007

Rear of the Year

Antes que o amigo fique muito animado, advirto que é um concurso de mulheres inglesas.

sábado, abril 07, 2007

Saturday Night Fever

Noites de sábado são as mais solitárias que existem. Não me olhe com pena, assim eu vou usar meu humor ácido pra me defender da sua concessão e talvez você deixe de me ver com os olhos atuais. Vem de longe minha relação mal-resolvida com as noites de sábado, talvez porque venha igualmente de longe minha absoluta falta de talento para sustentar relacionamentos amorosos, seja quem for a mulher da vez. As tardes de sábado já são ruins, porque vésperas, mas as noites costumam ser cruéis, implacáveis, silenciosas.

Quando sozinho, você não tem como correr de si mesmo. De seus vícios, da barriga que sabe que precisa perder, das palavras que sabe que irá precisar dizer, do mundo que sabe que não está dando bola pro fato de que você quer estar noutro lugar. Não haverá outro lugar a não ser que você dê o passo inicial, você sabe, todos sabem.

A minha vantagem, e é uma grande vantagem, é estar sozinho numa cidade estrangeira. Se eu estiver sozinho, então não haverá ninguém mesmo, nem dentro daqui de casa. Eu deixo as maravilhosas Soul Sessions de Joss Stone no repeat do toca CDs do quarto aqui atrás e venho pra sala digitar minha solidão sem culpas, não há ninguém que minha solidão mantenha acordado além de mim. Luzes apagadas porque o monitor basta e meus dedos já estão razoavelmente familirizados com a disposição do alfabeto em teclados.

Sem a música, as bebidas, as garotas passageiras, os amigos, as ruas, sobra um homem de shorts e o isqueiro que ele esqueceu na janela após o último da noite e veio a lembrança de outras noites com aquelas músicas, quando as noites não eram tão solitárias e definitivamente bem mais aeróbicas. Ela gostava de Bukowski e da Mafalda e de pão com ovo. Subitamente, eu sinto vontade de parar tudo aqui e me fritar um ovo pra pôr dentro de um pão, o que farei em algumas horas, quando voltar à sala pra acompanhar a fórmula-1 na Ásia em seus horários à prova de audiência.

Entre duas noites de sábado encontrei e perdi um possível grande amor. Não faz muito tempo e não está sendo fácil voltar a estar sozinho desse jeito, com a consciência de que há alguém no mundo que poderia estar agora ralhando que não estou na cama ou simplesmente no meu colo pra me fazer companhia enquanto resmungo. Eu sou um idiota completo diante de qualquer mulher bonita, vocês devem ter percebido, sempre acho que vale a pena me apaixonar por elas e que elas verão algo em mim (mesmo antes do meu sem modéstia alguma elogiado cunnilingus) e que as demais noites de sábado serão de alegria, confissões, planos e, como não, muita sacanagem. É da minha natureza.

Talvez a solidão das noites de sábado também seja parte integrante de mim. Eu sou incurável.