domingo, abril 08, 2007

Retrato do artista quando vivo

Só pra fazer um agrado a um grande amigo meu, posto aqui algo que publiquei no Dogmas há mais de 3 anos.

"Se estiver faltando emoção ou sexo (ou os dois, vá saber) no seu cotidiano, agradeçam a Deus e à Sony Music por um disco chamado Grace, de um rapazola chamado Jeff Buckley. Lá pelos idos de 93/94, o jovem deixou registrada a sua música para a imortalidade, e é uma bela música.

Pérolas como Lilac Wine, Dream Brother, Corpus Christi Carol e Eternal Life somadas a uma versão linda de arrancar lágimas de um bloco de cimento de Hallellujah (de Leonard Cohen, a musiquinha que toca antes do casamento do Shrek) e ao prelúdio nupcial Lover, You Shoud’ve Come Over (nota atualizada do autor: essa é a melhor música pra trepar já escrita pelo homem, e estou incluindo aqui o Marvin Gaye) fazem desse disquinho de rock uma excelente trilha sonora para o ato de fazer neném. Ou simplesmente curtir aquela fossa porque o(a) seu(sua) ex te deu o fora e a programação da TV não se importa muito com você.

Buckley gravou apenas esse disco, o que o torna além de belo, triste. Jovem e talentoso, ele foi adotado como sensação musical e queridinho do métier após o lançamento de Grace. Mal comparando, isso que a gente vê com os Hermanos hoje aqui desde Bloco do Eu Sozinho. A merda é que Buckley não soube ou não quis segurar a onda, tomou todas, se engraçou com a Courtney Love e um belo dia resolveu mergulhar no meio de um rio após se intoxicar como um bravo num passeio de barco noturno. Juntou-se a Mick Jones e outros que partiram deste mundo mergulhando em sua própria tragédia."

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