Eu estava andando hoje pelo Iguatemi e acabei lembrando que os capacetes do Senna estavam por ali, numa mostra promovida pelo Instituto Ayrton Senna. Fui lá dar uma chegada e vendo os capacetes de perto dava uma nostalgia bacana, misturada com aquelas curiosidades que alguém que só acompanhou as corridas pela tevê tem a oportunidade de descobrir - diferentes tons do amarelo dos capacetes, cicatrizes das pistas (arranhões, manchas), a evolução dos capacetes. Confesso que nem eram tantos, uns 6, mas de alguma forma, aquelas imperfeições e cicatrizes é que davam toda a graça nos capacetes - eram como se fosse um atestado do homem que costumava vestí-los.
Além dos capacetes, havia um legítimo macacão dele, da época da McLaren, e de frente para a roupa, eu consegui aquela sensação que só a proximidade te permite. Acabei me dando conta que nunca havia parado pra pensar se Senna era um homem alto ou baixo, por exemplo. O macacão vestia alguém que tinha coisa de 1.70m ou algo por aí, um homem como eu ou o leitor, nada de anormal. Mas as coisas que ele fazia!
Um dos capacetes, por sinal, o com maior número de pequenos arranhões logo acima da viseira tinha uma legenda que indicava ter sido usado na prova de Donington Park em 93, onde o homem protagonizou uma primeira volta fora do comum. O macacão era o que ele usava naquela vitória no Brasil no mesmo ano, onde o povo invadiu a pista ao final e ele foi carregado. Foi engraçado reparar que as marcas dos patrocinadores são costuradas no tecido e que se parecem muito com qualquer macacão de fantasia de qualquer moleque.
Então aquelas peças todas frias conseguem transmitir um pouquinho do homem Ayrton, que soube como poucos controlar um carro a mais de 300 km/h dentro de uma determinada trajetória. Saí de lá com um pouco mais admiração pelos seus feitos, vendo que, como qualquer um, ele era apenas um homem.
quinta-feira, agosto 09, 2007
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Um comentário:
tan tan taaaaaaaaaan, tan tan taaaaaaaaaaaaaan...
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