terça-feira, dezembro 19, 2006

Sem rede
Ridiculamente, as ferramentas cibernéticas agora influenciam pesado minhas relações. O corte cibernético me deixa para baixo. A internet se tornara o instrumento para facilitar as impossibilidades do mundo real. Exatamente o clichê da era. Não deixei de viver o real, mas a rede servia para amenizar saudades, divisões, medos e culpas. As palavras na tela do computador me trazem conforto durante os dias em que nada mais pode acontecer. On line. No more.
Agora, é usar as armas que existem. Agora é mais difícil. É se acostumar com o que não acontece há meses. É não esperar mais. É realmente se distanciar, sabendo um pouco do que acontece do outro lado, mas não o suficiente para diminuir as saudades e dúvidas. . claro que vai passar. E é claro que agora parece que não vai passar, porque é emergencial.
Acabei de sonhar com o que queria fazer. Acordo ainda com aquele gosto de suposta realidade, que torna o dia concreto, o dia a ser vivido, um pouco insuportável. Mas não tenho escolha. Não depende mais só de mim, como quando da morte do outro. O outro não morreu novamente. Está a algumas quadras de mim, palpável e impossível.

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