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A questão é que Ohana virou mito na década de 80 em função de seu nu exposto na Playboy em fartas páginas com a starlet global e seu chocante despudor pubiano: eram outros tempos e a depilação total era coisa raríssima, quase artigo de luxo. Se o (a) interessado(a) correr no Google e procurar por imagens da moça em questão, logo irá ver do que falo e o porquê do mito.
Nenhuma outra capa de Playboy teve o mesmo impacto em todo um imaginário de uma geração quanto Cláudia Ohana, musa para muitos até os dias de hoje. Entra aí um questionamento, portanto: manterá ainda a musa seus fartos e negríssimos pêlos pubianos?
A mãe de Dandara poderá protagonizar mais um revival maldito da década oitentista, pródiga em revivals lazarentos. Porque se havia algo na década em que Maradona era o tal que faz falta nesses tempos é justamente a possibilidade de um ensaio nu com um excesso de pêlos em foco, ou seios de menos, ou uma barriguinha de mais. Não havia o sem-número de recursos para manipular uma foto digitalmente como temos hoje e as pessoas eram menos preocupadas, havia menos assessoria de imprensa no mundo e coisas afins. O nu de Ohana, ainda que não intencionalmente, carrega este fascínio.
Ou então eu estou apenas velho e rabugento.