quarta-feira, agosto 01, 2007

Bom dia, Brasil!

Não é de hoje que o Bom Dia Brasil é o meu telejornal favorito. Sua dupla de âncoras (Renato Machado e Renata Vasconcelos) conseguem apresentar as primeiras informações do dia impecavelmente vestidos e deixando subentendida uma quase palpável tensão sexual - e nem vou mencionar as tetéias Michelle Loreto e Mariana Godoy, pra não não chegar na idefectível Poliana, que pode surgir a qualquer momento na TV!

Só lamento que a produção não aproveite tamanho material humano para revolucionar o telejornalismo de nossas manhãs - algumas bem frias!

Imagine uma moça do tempo com viés humorístico:

- Hoje nuvens encobrirão parte do sul do país e a temperatura pode chegar a 21°C, mas e se não chegar? O que você vai fazer? Deus está morto, sabia?

- A massa de ar seco que chega ao nordeste não implica necessariamente num aumento dos apreciadores de Sartre na região.

- O tempo fica chuvoso em boa parte do país, quero dizer, foi o que me disseram.

- O tempo aberto facilita a todos aquele momento gostoso do dia de deitar no chão e olhar para o céu à cata de prováveis OVNIs.

Imagine o casal dialogando as notícias:

- E se continuarmos assim, ficará difícil voltarmos a uma direção certa para o crescimento este ano, Renata.
- Sim, Renato, aliás, adorei sua gravata, amor.

- O índice do Copom baixou três pontos e o governo anunciará medidas hoje para evitar nova queda.
- Pena que nenhuma delas vai suturar meu coração partido, bandida.

- O Flamengo finalmente voltou a vencer e venceu bem ontem a equipe do figueirense por 3x0.
- Venceu bem, nada, Renata, sua flamenguista desgraçada.

- Vamos chamar agora nosso repórter especial de Cultura André Miranda, que cobriu a maratona de 24h do beijo gay, na Avenida Morumbi.
- André, diga pro Renato que não falo mais com ele!
- Mas o que é isso, Renatinha?
- Não estou mais falando com você, ficou surdo?

Uma pena, uma pena!

Aqui, veja Poliana, grande crush do blogueiro, em ação. Não é a coisa mais linda?

terça-feira, julho 31, 2007

Manto Sagrado


Não vou descansar enquanto não a possuir. E tenho dito.


sexta-feira, julho 27, 2007

Suriname 2014

"Just ´cause there´s no soccer, won´t be a cup?"

"Japan and Korea being the base of 2002 Cup and every single people that has a minimun undestending (sic) of soccer knows that this thin guys can´t pass from the firsts matches. They´re good in table tennis, in dvd´s, in pornsadomovies, but not in soccer."

É isso aí. Este blog está com o Suriname e não abre.

quarta-feira, julho 18, 2007

Remedy



Contra todos estes aí que não cansam de tentar nos derrubar.

domingo, julho 08, 2007

La musica es mi radar

Não sei quando começou a ser assim, mas me recordo perfeitamente de, ainda bem pequeno em Mandaguari, Paraná, ouvir meu pai gravar em fitas k7 "Os Alquimistas Estão Chegando Os Alquimistas" de Jorge Ben. Ele levava horas para cortar a gravação no tempo certo. Aí também tinha vezes que ele gravava apenas a contagem regressiva em "Errare Humanun Est", e era difícil achar o tempo certo e tal.


No vídeo, Jorge e o suingue em estado bruto.

E depois me recordo, já morando no Rio, do Let It Be. Lá em casa tinha o Let It Be, o Help! e uma coletânia 62-66 dos Bitols e o Let It Be era o meu preferido dos três LPs. Aquela guitarra de "Get Back" e antes da música-título, "Dig It", uma vinheta com um dos melhores sons de violão gravados e que anos mais tardes eu baixei uma versão de 4 minutos. Essas coisas foram deixando uma marca, como o Slash e sua Les Paul, o grunhido que são os acordes iniciais de "Smells Like Teen Spirit", a agonia orquestrada após a queda do operário de "Construção".

E aconteceu que música, qualquer tipo de música desde que bem executada, virou uma espécie de obsessão na minha vida. Sou do tipo que organiza playlist pra tomar banho, por exemplo. Não lembro da última vez que sentei pra ler ou escrever e não houvesse música ao fundo. Toco air guitar, air bass, air drum. Sozinho e em silêncio, acredite, imagino a melodia e faço as pessoas desconfiarem da sanidade do cidadão na última fileira da condução. A microfonia da guitarra de Page antes de começar "Immigrant Song" me tira do chão. O corinho e as primeiras notas de "Gimme Shelter" antes entrar toda a banda me deixa de pau duro.

A ironia é que tenho surdez parcial e não escuto, a rigor, nadra no ouvido esquerdo. E, talvez por medo de ser um fracasso e certamente por preguiça, não sei tocar instrumento nenhum. Meu lance é ouvir e ler sobre, ver os filmes, ir aos shows, conhecer músicos. E nenhum som entre tantos me faz tão bem quanto uma guitarra sendo bem arranhada. Eu, aliás, amo guitarras. Pra quem não toca lhufas, sei por exemplo, no olho, diferenciar uma Telecaster de uma Strato - o que deve ser a maior bobagem do mundo pra qualquer um que não tenha tamanha fixação.

Ontem teve o tal Live Earth, uma bobagem globalizada que um político norte-americano inventou para conscientizar o mundo de que o planeta está sendo destruído. Não, não é um truque eleitoreiro muito bem engendrado pelo cara que foi roubado na Flórida por George Bush anos atrás, na disputa pela presidência dos States. Então esse sujeito resolveu montar um mega-concerto onde uma porrada de artistas tocou pela causa, o hit do momento, o Aquecimento Global. E, como teve gente boa comprando essa roubada - Metallica, Joss Stone, Foo Fighters, Xuxa - descobri que dava pra, com uma conexão foda feito o meu Virtua, entrar na página do lance e achar links para os shows todos, fugindo do Edgard e da Renata Simões falando no Multishow. Consegui ver alguma coisa interessante, como as deliciosas Pussycat Dolls e uma das minhas músicas preferidas, "Doncha" (Está olhando o quê? Não posso gostar de cachorras requebrando numa música genial, não?).

E eis que, durante a apresentação de Shakira - Shakira se chama Shakira Isabel, sabiam? - aparece um cidadão e sua guitarra ao lado da musa. Eu reconheço aquela guitarra, uma Gibson no estilo Lucille, preta e vermelha, de algum lugar da minha memória musical. Essa possuía duas pontes no corpo, uma abaixo e outra acima das cordas. Só poderia ser ela, que eu conheci num especial da MTV Latina, meados dos 90s, nas mãos de Gustavo Ceratti, guitarrista e cantor da Soda Stereo. E foi graças à tal guitarra de Ceratti que ontem, descobri que ele se chama Ceratti e sua banda era a Soda Stereo. Até então, eu tinha o especial na memória e a angústia de não lembrar quem era a banda.

Descoberta feita, saí atrás daquela música maravilhosa. Arrumei via Soulseek boa parte do MTV (Un)Plugged do Soda (Confort Y Musica Para Volar) e seus dois álbuns ao vivo, "El Ultimo Concierto" (A e B), de linda capa. A música do Soda é definitivamente especial e pra quem conhecer, "De Musica Ligera" é deles. Por trás daquela lembrança de um detalhe na guitarra descobri excelentes músicas. O Soda é uma espécie de Legião Urbana portenho, ao vermos a quantidade e emoção de seus fãs durante "el ultimo concierto". E Gustavo Ceratti, o guitar hero da vez, é um talento.

Em tempo, o título do post atual é uma corruptela de "Music is My Radar", do Blur. Outra música excelente. Corra atrás de suas próprias canções. Eu não canso de correr atrás das minhas.


Soda Stereo, "En la Ciudad de la Furia", MTV Latina, 1996.

sexta-feira, julho 06, 2007

Um homem, várias mulheres



Maltrata o Godo, Joss, maltrata!