segunda-feira, outubro 23, 2006

She don't lie, she don't lie, she don't lie

Aguardemos pela versão em pó.

(Matéria em ingrêis no Daily News e em bom português no Globo Online)

sexta-feira, setembro 22, 2006

Curto

- O que você quer de mim, amor?
- Você, você por inteiro.
- E depois, como eu faço quando eu for menos do que você quer?

Nunca gostei de respostas fáceis.

sexta-feira, setembro 08, 2006


"Posso até mudar o mundo, mas quero ganhar bem por isto."

domingo, agosto 06, 2006

Love is fuck, man

Quando sua namorada diz que te ama e te dá de presente uma camisa do Brasiliense, é melhor você acreditar nela e usar a camisa, bróder. Não discuta, é amor e amor não foi feito pra discutir. Aqui estou eu, sem sono, sem teto, na casa de amigos gastando horas ou alguns minutos para esvaziar a cabeça cheia de novidades para absorver e a descobrir. Vestido com uma oficial camisa do Brasiliense - que é de Taguatinga, inclusive.

Foram dias corridos e frios esses dias passados. Aquela remoção finalmente saiu e de Belém vim parar aqui em Porto Alegre, junto com o inverno gaúcho. É um senhor inverno, de gelar sua cama, gelar suas roupas, corroer a pele de seu nariz de batata (nariz de coxinha, segundo ela). Você pragueja, se movimenta e se encolhe dentro do casaco, do edredon, de um abraço e segue em frente, atravessa a Osvaldo Aranha e entra no Parque Farroupilha.

A essa altura da manhã, já não importa o nosso bafo.

Gosto dessa camisa laranja com listras verdes, o anúncio do Banco de Brasília e da Ok Automóveis e mais outros; uma camisa horrorosa e feia pra dedéu de um time lamentável, mas uma camisa que eu gosto porque representa um momento de mim, de mim e mais alguém que eu gosto. Ela me deu uma camisa do Brasiliense porque sabe que eu, nas horas vagas, escrevo sobre futebol. Não é somente um pedaço de pano mal decorado, é uma declaração de amor, carinho e compreensão.

E uma mulher que te faz essas coisas é foda, cara. Ela vai qualquer dia desses salvar sua vida e você só irá se dar conta anos depois, quando nas mãos de uma megera ou nem isso. Enquanto você não se dá conta de sua própria sorte, se agarra a sua camisa do Brasiliense e dorme mal e porcamente a noite anterior do primeiro dia no novo lugar onde vai trabalhar a partir de amanhã.

Vá entender.

quinta-feira, maio 18, 2006

The times they are a-changin'

São Paulo 40 graus, cidade-celulóide do asfalto e do caos. O alto-comando da marginália paulista resolveu se fazer conhecido em território nacional, como seu equivalente carioca já o é, mas com muito mais fama e cama. De uns dias pra cá "Marcola" deixou de ser apenas um apelido tré ridicule para se transformas em síndrome do pânico. Marcola, aparentemente, é a versão tucana (hahaha) do Beira-Mar, o inimigo nº 1 do Estado que amamos odiar.

Surpresa, muita gente não sabia que São Paulo, a novaiorque tropical, era uma cidade bem mais violenta que o Rio. Muito mais violenta. São Paulo e seus Capões, São Paulo do Carandiru, das brigas de torcidas. Bonner apresentou o Jornal Nacional de segunda passada nas ruas de Sampa, como se estivesse em Beirute ou Bagdá. Logo ele, morador do Rio (apesar de paulistano) e que já deve ter ouvido falar da chacina em Duque de Caxias, comandada por homens da lei. Não lembro dele de microfone em punho na Baixada, mas, reconheço, Caxias não tem o mesmo charme do outono de SP.

Apesar dos ônibus queimados, de presídios rebelados, bancos apedrejados e policiais mortos, o que apavora o cidadão comum que apenas trabalha (e trabalha cada vez mais) e "espera estar bem vivo quando o rodo passar", a coisa toda tem um jeito de cartas marcadas. Não pareceu muito tratar de guerra civil, não. Pareceu mesmo foi acerto de contas. Nossos corruptos são mais incisivos que os deles, diria o publicitário da Semp-Toshiba. Cada um negocia com aquilo que tem e, ao que pareceu, alguns de nossos presidiários possuem rabos valiosos presos a seus pés.

Agora teremos várias manifestações com maior ou menor grau de sapiência: gente querendo instalar o "olho por olho, dente por dente" no Brasil, gente reclamando que a Copa do Mundo vai varrer tudo pra debaixo do Hexa, tucanos acusando petistas, petistas futricando tucanos, pefelistas lavando as mãos eternamente sujas, cariocas sacaneando amigos paulistas. Faz parte da vida. Todos temos razão - e no final, ter razão é ter um ponto de vista bem angulado.

Aqui de Belém, me interessa mais saber onde o jogo vai passar, e que horas. O resto, de coração, pode esperar. Estou aqui escrevendo e vivendo para ser feliz. É para isso que ganho meu dinheiro, é pensando nisso que gasto o dinheiro que ganho. Não é muito, eu sei, mas também nem tudo está à venda.

Para o que realmente importa, eu já tenho o meu sorriso.



Na foto, o Godo sorrindo para o que realmente importa.

terça-feira, maio 09, 2006


Laugh of the month.