Sobre o gostar
É difícil começar a escrever sem um clichê. É difícil começar a escrever, não é verdade?, com ou sem clichês, imagina se a possibilidade do clichê for de cara excluída da jogada. Complica bastante escrever sobre coisas tão impalpáveis quanto verdadeiras como o gostar sem um clichezinho pra tornar tudo menos etéreo, menos ficcional. Entende? Veja só, na falta do clichê, tive que começar o texto com esse palavreio todo que nada diz, nada consta, apenas preenche e nada solidifica - o que não deixa de ser um clichê, dar voltas e mais voltas pra começar a dizer algo que nada tem a ver com a introdução priápica.
Não, não, não falarei sobre o priapismo. Vou falar sobre o gostar. Sobre gostar de alguém, pra ser mais específico, porque se gosta de muita coisa nessa vida. Acontece que quando se gosta de alguém o sentimento parece começar a fazer sentido, talvez porque seja mais fácil achar uma correpondência nesse ato de bemquerer - por exemplo, eu gosto de jogar bola, mas não é por isso que a bola, o campo e os jogadores facilitam minha vida nas peladas. Gostar de alguém e ser gostado em retorno, eis a sagração da gente.
Como se descobre que se gosta de alguém? Tão impossível quanto a pergunta é a resposta. Não há resposta. Há o sentimento. Em minha adolescência me descobri gostando de alguém porque ela tinha sardas e era ruiva. A outra tinha a bunda mais redonda que já vi ao vivo, ao menos dentro de jeans semibags (eram os anos 80/90). Confesso que vi outra bundas com o passar dos tempos, algumas realmente ótimas e tal, mas aí eu já era adulto e canalha o suficiente pra que a lembrança daquela bunda coberta de jeans adolescente pudesse ser eterna. Mágico e imprevisível esse troço do gostar.
Gosta-se desavisadamente e então já estamos irremediavelmente presos a algo que não podemos entender mas que nos fascina, nos comove e nos atrai junto a si. Ou ao menos funciona assim para mim. Isca e anzol. O gostar possui lá suas razões e eu geralmente não consigo contra-argumentar e me assumo presa fácil dos meus desatinos.
Bem, os desatinos. Não é nada fácil gostar porque gostar implica dedicação, cumplicidade, fé. Não se gosta impunemente e até as misses sabem bem disso ("Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"). Pega mal essa coisa de gostar sem fazer força, de gostar de longe. Cheira a oportunismo e o oportunismo não cheira tão bem quando você não é o camisa 10 da Gávea ou coisa que o valha. Gostar é como passar um recibo de confiança ao outro caso a coisa fique preta, é garantir teto, oferecer o ombro e mesmo o copo na hora da necessidade e segurar uma eventual barra e se virar pra não deixar a peteca cair.
Porque nada consegue o grau de pureza de uma alegria compartilhada com quem se gosta. E é impossível ser feliz sozinho, não é mesmo? Daí a gente ser capaz de coisas impublicáveis pra fazer sorrir quem é digno de lembrança. Afinal, ridículo é quem nunca escreveu cartas de amor ou deixou de fazê-lo pra não cair em clichês.
segunda-feira, dezembro 01, 2008
quarta-feira, novembro 19, 2008
Laugh of the day
"Com economia pior, venda de camisinhas dispara na Coréia do Sul"
Maneira sutil de dizer que tá todo mundo se fodendo na Coréia, mas com proteção...
Não, não sou eu o gênio por trás da piada, mas sim o jovem Luiz Hagen.
"Com economia pior, venda de camisinhas dispara na Coréia do Sul"
Maneira sutil de dizer que tá todo mundo se fodendo na Coréia, mas com proteção...
Não, não sou eu o gênio por trás da piada, mas sim o jovem Luiz Hagen.
segunda-feira, novembro 17, 2008
Sai da frente, mulambada
Depois do jogo de ontem, só nos resta acreditar.
E torcer pra caralho.
Mengão rumo a Tóquio 2009, com uma ligeira porém necessária escala no Équissa. Com ou sem Caio Jr.
Depois do jogo de ontem, só nos resta acreditar.
E torcer pra caralho.
Mengão rumo a Tóquio 2009, com uma ligeira porém necessária escala no Équissa. Com ou sem Caio Jr.
Marcadores:
Flamengo é raça e o resto é fumaça,
Obina voltará
segunda-feira, novembro 03, 2008
Pequeno demais
Diante do pífio empate no Maraca com a Lusinha, Caio Jr. se saiu com essa para os jornalistas: "Temos que entender que o campeonato é difícil, o Flamengo tem a melhor campanha do Rio, vamos ter um jogo de dois cariocas disputando o rebaixamento e ainda temos possibilidade de título. É a melhor campanha do Flamengo em Campeonatos Brasileiros. Não vamos ter jogos fáceis." O blablablá seguiu nessa linha risível, como se Caio fosse ainda o comandante do Goiás ou do Paraná Clube - e a insígnia estampada em vermelho sobre o peito de Caio na foto aí nos mostra que não é o caso.
Ok, encarar a vida com o discurso de "vamos buscar o hexa" após ter levado dois gols da Portuguesa desfalcada em pleno Maracanã seria cínico, mas apelar pra inútil regularidade da equipe que diante de sua torcida refuga é canalhice demais para o torcedor. "Melhor campanha" do Flamengo é título, querido Caio, por isso a torcida vaia um time em 5º lugar. Aliás, a menção das campanhas de Bota, Vasco e Flu para qualificar a campanha flamenga atual é a prova viva de que Caio não serve pra técnico do Flamengo.
O time vacila mas Caio não se mostra, digamos, puto da vida com os vacilos. Como se a mediocridade de um 5º lugar ou a raspa de tacho de "podemos conseguir uma vaga na libertadores" servissem de medidas para as pretensões de uma equipe que já teve o mundo a seus pés.
Sim, reconheço, é injustiça jogar toda a culpa da realidade medíocre de "quem sabe uma Libertadores" sobre os fraquíssimos ombros do técnico, afinal, os patrões de Caio inventaram aquela festa para o Joel diante de uma decisão de vaga na Libertadores, vacilaram tremendamente na janela de transferências (o time ficou capenga e fez água, caindo da liderança para sétima posição na tabela) e com o retorno do time à ponta da tabela, decretaram a tal festa do hexa.
Não se pode, porém, livrar a carinha de menino de Caio da palmatória quando vemos rodada após rodada a titularidade de Kléberson - num time cujo meio campo já conta com os marcadores Toró e Jaílton, além de Ibson, que precisa correr para suprir a ineficiência tanto defensiva quanto ofensiva do parceiro Kléberson. Pra não falar do ataque onde Obina parece ter mais moral que o dedo do técnico...
Caio não entendeu que o apoio da torcida ao time do ano passado não se deu em função da tabela, mas em função da postura do time. Os flamenguistas aceitam um time que perde o campeonato, como o time de 2007 perdeu, mas não aceitam um time que não é capaz de vencê-lo, como parece ser a triste realidade. Nós estaremos sempre de pé a vibrar a cada gol rubro-negro, mas ninguém se sente na obrigação de aplaudir um time vacilante.
Sim, há a possibilidade deste mesmo Caio Jr alcançar epicamente o sonho do hexa, mas, de coração, ainda campeão ele continuaria abaixo do que o Flamengo precisa. O que é uma pena.
Diante do pífio empate no Maraca com a Lusinha, Caio Jr. se saiu com essa para os jornalistas: "Temos que entender que o campeonato é difícil, o Flamengo tem a melhor campanha do Rio, vamos ter um jogo de dois cariocas disputando o rebaixamento e ainda temos possibilidade de título. É a melhor campanha do Flamengo em Campeonatos Brasileiros. Não vamos ter jogos fáceis." O blablablá seguiu nessa linha risível, como se Caio fosse ainda o comandante do Goiás ou do Paraná Clube - e a insígnia estampada em vermelho sobre o peito de Caio na foto aí nos mostra que não é o caso.
Ok, encarar a vida com o discurso de "vamos buscar o hexa" após ter levado dois gols da Portuguesa desfalcada em pleno Maracanã seria cínico, mas apelar pra inútil regularidade da equipe que diante de sua torcida refuga é canalhice demais para o torcedor. "Melhor campanha" do Flamengo é título, querido Caio, por isso a torcida vaia um time em 5º lugar. Aliás, a menção das campanhas de Bota, Vasco e Flu para qualificar a campanha flamenga atual é a prova viva de que Caio não serve pra técnico do Flamengo.
O time vacila mas Caio não se mostra, digamos, puto da vida com os vacilos. Como se a mediocridade de um 5º lugar ou a raspa de tacho de "podemos conseguir uma vaga na libertadores" servissem de medidas para as pretensões de uma equipe que já teve o mundo a seus pés.
Sim, reconheço, é injustiça jogar toda a culpa da realidade medíocre de "quem sabe uma Libertadores" sobre os fraquíssimos ombros do técnico, afinal, os patrões de Caio inventaram aquela festa para o Joel diante de uma decisão de vaga na Libertadores, vacilaram tremendamente na janela de transferências (o time ficou capenga e fez água, caindo da liderança para sétima posição na tabela) e com o retorno do time à ponta da tabela, decretaram a tal festa do hexa.
Não se pode, porém, livrar a carinha de menino de Caio da palmatória quando vemos rodada após rodada a titularidade de Kléberson - num time cujo meio campo já conta com os marcadores Toró e Jaílton, além de Ibson, que precisa correr para suprir a ineficiência tanto defensiva quanto ofensiva do parceiro Kléberson. Pra não falar do ataque onde Obina parece ter mais moral que o dedo do técnico...
Caio não entendeu que o apoio da torcida ao time do ano passado não se deu em função da tabela, mas em função da postura do time. Os flamenguistas aceitam um time que perde o campeonato, como o time de 2007 perdeu, mas não aceitam um time que não é capaz de vencê-lo, como parece ser a triste realidade. Nós estaremos sempre de pé a vibrar a cada gol rubro-negro, mas ninguém se sente na obrigação de aplaudir um time vacilante.
Sim, há a possibilidade deste mesmo Caio Jr alcançar epicamente o sonho do hexa, mas, de coração, ainda campeão ele continuaria abaixo do que o Flamengo precisa. O que é uma pena.
Marcadores:
Flamengo é raça e o resto é fumaça
terça-feira, outubro 14, 2008
Ouvido não é penico
Festa SM 3 Anos :: Vitor Araújo, Dom Ângelo & Bernardo Palmeira - Take Five from Site Sobremusica on Vimeo.
Vitor Araújo, Dom Angelo, Bruno Cupim e Gleidson Leite e Bernardo Palmeira - Take Five
Festa SM 3 Anos :: Vitor Araújo, Dom Ângelo & Bernardo Palmeira - Take Five from Site Sobremusica on Vimeo.
Vitor Araújo, Dom Angelo, Bruno Cupim e Gleidson Leite e Bernardo Palmeira - Take Five
quarta-feira, outubro 08, 2008
Espermicídio
Lindsay Lohan sai de casa descompromissadamente. E deste modo, bilhões de espermatozóides são condenados ao sacrifício.
Lindsay Lohan sai de casa descompromissadamente. E deste modo, bilhões de espermatozóides são condenados ao sacrifício.
sábado, outubro 04, 2008
quarta-feira, setembro 24, 2008
Vai cair um mito?
Beleza, gente, a Cláudia Ohana de fato está batendo um bolão aos 45 anos, avó. Não vou discutir o óbvio e a imagem aqui do lado fala por si. Mas temo que o novo nu de Cláudia Ohana será mais um bom momento de décadas passadas que a modernidade vai desprestigiar.
A questão é que Ohana virou mito na década de 80 em função de seu nu exposto na Playboy em fartas páginas com a starlet global e seu chocante despudor pubiano: eram outros tempos e a depilação total era coisa raríssima, quase artigo de luxo. Se o (a) interessado(a) correr no Google e procurar por imagens da moça em questão, logo irá ver do que falo e o porquê do mito.
Nenhuma outra capa de Playboy teve o mesmo impacto em todo um imaginário de uma geração quanto Cláudia Ohana, musa para muitos até os dias de hoje. Entra aí um questionamento, portanto: manterá ainda a musa seus fartos e negríssimos pêlos pubianos?
A mãe de Dandara poderá protagonizar mais um revival maldito da década oitentista, pródiga em revivals lazarentos. Porque se havia algo na década em que Maradona era o tal que faz falta nesses tempos é justamente a possibilidade de um ensaio nu com um excesso de pêlos em foco, ou seios de menos, ou uma barriguinha de mais. Não havia o sem-número de recursos para manipular uma foto digitalmente como temos hoje e as pessoas eram menos preocupadas, havia menos assessoria de imprensa no mundo e coisas afins. O nu de Ohana, ainda que não intencionalmente, carrega este fascínio.
Ou então eu estou apenas velho e rabugento.
Beleza, gente, a Cláudia Ohana de fato está batendo um bolão aos 45 anos, avó. Não vou discutir o óbvio e a imagem aqui do lado fala por si. Mas temo que o novo nu de Cláudia Ohana será mais um bom momento de décadas passadas que a modernidade vai desprestigiar.
A questão é que Ohana virou mito na década de 80 em função de seu nu exposto na Playboy em fartas páginas com a starlet global e seu chocante despudor pubiano: eram outros tempos e a depilação total era coisa raríssima, quase artigo de luxo. Se o (a) interessado(a) correr no Google e procurar por imagens da moça em questão, logo irá ver do que falo e o porquê do mito.
Nenhuma outra capa de Playboy teve o mesmo impacto em todo um imaginário de uma geração quanto Cláudia Ohana, musa para muitos até os dias de hoje. Entra aí um questionamento, portanto: manterá ainda a musa seus fartos e negríssimos pêlos pubianos?
A mãe de Dandara poderá protagonizar mais um revival maldito da década oitentista, pródiga em revivals lazarentos. Porque se havia algo na década em que Maradona era o tal que faz falta nesses tempos é justamente a possibilidade de um ensaio nu com um excesso de pêlos em foco, ou seios de menos, ou uma barriguinha de mais. Não havia o sem-número de recursos para manipular uma foto digitalmente como temos hoje e as pessoas eram menos preocupadas, havia menos assessoria de imprensa no mundo e coisas afins. O nu de Ohana, ainda que não intencionalmente, carrega este fascínio.
Ou então eu estou apenas velho e rabugento.
quarta-feira, setembro 17, 2008
Pureza
"Carol Miranda decide esta semana se vende sua virgindade por R$ 500 mil"
Se você já achou o título da matéria algo demais pro seu dia, veja abaixo o subtítulo:
"Sobrinha de consideração de Gretchen pode ter sua primeira transa em filme pornô"
“Não entendo. Se a pessoa sai com todo mundo, é vagabunda. Se diz que não saiu com ninguém, é tida como mentirosa. Prefiro passar por mentirosa”, diz ela reafirmando sua pureza.
É uma santa.
"Carol Miranda decide esta semana se vende sua virgindade por R$ 500 mil"
Se você já achou o título da matéria algo demais pro seu dia, veja abaixo o subtítulo:
"Sobrinha de consideração de Gretchen pode ter sua primeira transa em filme pornô"
“Não entendo. Se a pessoa sai com todo mundo, é vagabunda. Se diz que não saiu com ninguém, é tida como mentirosa. Prefiro passar por mentirosa”, diz ela reafirmando sua pureza.
É uma santa.
quinta-feira, setembro 04, 2008
Celso
Eu lembro do meu amigo sorrindo pra mim. Sorrindo de qualquer coisa. Um sorriso sincero e bonito, como se pudesse varrer a tristeza das ruas. Sabia sorrir de verdade, o meu amigo Celso.
Descedente de orientais, sushiman, palmeirense verde, paulistano e amigo como raros são capazes de ser. Conheço muito poucos que sabem dar valor a uma amizade como o meu amigo Celso soube - e nunca se furtou de nos mostrar. Por isso, é muito difícil agora, horas após a notícia ter entrado vacilante em meus ouvidos, segurar o choro ao pensar que o amigo ao meu lado na foto morreu esta manhã, num leito de hospital.
Tem tanta coisa boa que eu posso falar do Celso. Celso era o tipo de sujeito que se largava do centrão até Congonhas num dia de semana porque eu ficaria umas duas horas ali em conexão e a gente podia gastar meia hora almoçando juntos. Celso dividiria com você o último Marlboro da carteira só pra ter o prazer de conversar contigo sob a noite sem estrelas de São Paulo. Celso ignorava a dor que sentia ao caminhar em seus últimos dias pra encarar busão e metrô e se encontrar comigo quando eu estava em Sampa, ignorava a dor e ria como se pudesse varrer a dor do mundo naquele instante.
Eu quero me lembrar do meu amigo assim, sorrindo.
Eu lembro do meu amigo sorrindo pra mim. Sorrindo de qualquer coisa. Um sorriso sincero e bonito, como se pudesse varrer a tristeza das ruas. Sabia sorrir de verdade, o meu amigo Celso.
Descedente de orientais, sushiman, palmeirense verde, paulistano e amigo como raros são capazes de ser. Conheço muito poucos que sabem dar valor a uma amizade como o meu amigo Celso soube - e nunca se furtou de nos mostrar. Por isso, é muito difícil agora, horas após a notícia ter entrado vacilante em meus ouvidos, segurar o choro ao pensar que o amigo ao meu lado na foto morreu esta manhã, num leito de hospital.
Tem tanta coisa boa que eu posso falar do Celso. Celso era o tipo de sujeito que se largava do centrão até Congonhas num dia de semana porque eu ficaria umas duas horas ali em conexão e a gente podia gastar meia hora almoçando juntos. Celso dividiria com você o último Marlboro da carteira só pra ter o prazer de conversar contigo sob a noite sem estrelas de São Paulo. Celso ignorava a dor que sentia ao caminhar em seus últimos dias pra encarar busão e metrô e se encontrar comigo quando eu estava em Sampa, ignorava a dor e ria como se pudesse varrer a dor do mundo naquele instante.
Eu quero me lembrar do meu amigo assim, sorrindo.
sábado, agosto 23, 2008
O candidato
Esse rapazola aí do vídeo num ousado nó de gravata é o Mano Changes, candidato a vice-prefeito de Porto Alegre na chapa de Onyx (pronuncia-se Onícs) Lorenzoni, do DEM, você sabe, os Democratas. Longe das intenções deste blog questionar o direito de Mano de se candidatar a vice-prefeito - até porque ele foi eleito deputado estadual nas últimas eleições. Mano, nascido Diogo Bier, se celebrizou (nos pampas) com a sua banda Comunidade Ninjitsu, de apelo bastante forte entre os jovens de classe média-alta. Uma das bandeiras da Comunidade é o fumo de cannabis sativa, a popular lombra.
Não seria construtivo termos alguns dos democratas cantando este grande sucesso da Comunidade que aparece abaixo?
Mano, sem erva, nos vocais
Esse rapazola aí do vídeo num ousado nó de gravata é o Mano Changes, candidato a vice-prefeito de Porto Alegre na chapa de Onyx (pronuncia-se Onícs) Lorenzoni, do DEM, você sabe, os Democratas. Longe das intenções deste blog questionar o direito de Mano de se candidatar a vice-prefeito - até porque ele foi eleito deputado estadual nas últimas eleições. Mano, nascido Diogo Bier, se celebrizou (nos pampas) com a sua banda Comunidade Ninjitsu, de apelo bastante forte entre os jovens de classe média-alta. Uma das bandeiras da Comunidade é o fumo de cannabis sativa, a popular lombra.
Não seria construtivo termos alguns dos democratas cantando este grande sucesso da Comunidade que aparece abaixo?
Mano, sem erva, nos vocais
Marcadores:
Capitalism stole my virginity,
O pé e a jaca
Caralho
Você sabe que os tempos andam muito além de sua compreensão quando tal notícia aparece na sua tela.
"Padre lança concurso para eleger a freira mais bonita da Itália"
Vai, irmão, evangeliza as moças.
Você sabe que os tempos andam muito além de sua compreensão quando tal notícia aparece na sua tela.
"Padre lança concurso para eleger a freira mais bonita da Itália"
Vai, irmão, evangeliza as moças.
Marcadores:
Capitalism stole my virginity,
Jesus,
Onanismo,
perversão
terça-feira, agosto 19, 2008
sexta-feira, agosto 15, 2008
segunda-feira, agosto 11, 2008
Houve Sangue
Este blog fez uma tremenda campanha de marketing sem fins lucrativos em prol da continuação de Batman Begins, o assombroso Batman: The Dark Knight. A cobra fumou. Se o primeiro filme já havia deixado os fãs confessos do Morcegão em êxtase - este escriba, por exemplo, adquiriu o DVD - este segundo filme do diretor Christopher Nolan entrou para os anais como o mais radical filme em torno de um personagem de gibi. A excelência técnica somada ao trabalho dos atores e, principalmente, ao roteiro fora-de-série de Nolan e David Goyer possibilitam à película figurar ao lado das grandes histórias de Batman, como Batman: Ano 1 ou A Piada Mortal.
O pulo do gato? Não, não foi o lunático Coringa de Heath Ledger (um espetáculo à parte dentro do filme) mas a grande sacada de Nolan e Goyer de uma das características das grandes histórias de Batman: Batman, apesar de herói do pedaço, não precisa, no contexto da narrativa, ser mais importante que os "civis" que os cercam. Podem reparar que o Bruce Wayne de Nolan é o playboy marrento que Frank Miller forjou para alter-ego do vingador noturno e obsessivo, Alfred Pennyworth não é peça decorativa de set e James Gordon carrega a angústia de ser um tira honesto dentro da engrenagem corrupta de Gothan. O Harvey Dent de Aaron Eckhart superou as expectativas e deu à trama dimensões legitimamente épicas.
A decisão de apostar no trabalho dos atores para o desenrolar da trama foi crucial para que este filme de Batman conquistasse o coração e mente de suas platéias. Sim, e claro, não vamos esquecer da melhor campanha de divulgação já feita em cima de um filme desde o fenômeno A Bruxa de Blair (lembram dele?).
Se por um lado o diabólico Coringa revelou-se para cinéfilos um senhor vilão, outro filme recente mostrou às pessoas o quanto o Lado Negro da Força pode ser a força motriz de um filme. Em Sangue Negro, a tela se povoa de vilões. O filme de P. T. Anderson, um épico à altura de coisas do naipe de O Poderoso Chefão, apresenta não apenas o perverso capitalista Daniel Plainview (um colosso de trabalho de Daniel "Bill, the Butcher" Day-Lewis), mas ainda o fundamental Eli Sunday (Paul Dano). É algo fora da minha compreensão o fato de filmes rarefeitíssimos de dignidade como Titanic e Crash terem faturado o Oscar de Melhor Filme - no caso de Titanic, também levou Melhor Diretor - e Sangue Negro não, ainda que apenas sua seqüência final coloque no chinelo toda a produção cinematográfica apresentada em 2007.
Este blog fez uma tremenda campanha de marketing sem fins lucrativos em prol da continuação de Batman Begins, o assombroso Batman: The Dark Knight. A cobra fumou. Se o primeiro filme já havia deixado os fãs confessos do Morcegão em êxtase - este escriba, por exemplo, adquiriu o DVD - este segundo filme do diretor Christopher Nolan entrou para os anais como o mais radical filme em torno de um personagem de gibi. A excelência técnica somada ao trabalho dos atores e, principalmente, ao roteiro fora-de-série de Nolan e David Goyer possibilitam à película figurar ao lado das grandes histórias de Batman, como Batman: Ano 1 ou A Piada Mortal.
O pulo do gato? Não, não foi o lunático Coringa de Heath Ledger (um espetáculo à parte dentro do filme) mas a grande sacada de Nolan e Goyer de uma das características das grandes histórias de Batman: Batman, apesar de herói do pedaço, não precisa, no contexto da narrativa, ser mais importante que os "civis" que os cercam. Podem reparar que o Bruce Wayne de Nolan é o playboy marrento que Frank Miller forjou para alter-ego do vingador noturno e obsessivo, Alfred Pennyworth não é peça decorativa de set e James Gordon carrega a angústia de ser um tira honesto dentro da engrenagem corrupta de Gothan. O Harvey Dent de Aaron Eckhart superou as expectativas e deu à trama dimensões legitimamente épicas.
A decisão de apostar no trabalho dos atores para o desenrolar da trama foi crucial para que este filme de Batman conquistasse o coração e mente de suas platéias. Sim, e claro, não vamos esquecer da melhor campanha de divulgação já feita em cima de um filme desde o fenômeno A Bruxa de Blair (lembram dele?).
Se por um lado o diabólico Coringa revelou-se para cinéfilos um senhor vilão, outro filme recente mostrou às pessoas o quanto o Lado Negro da Força pode ser a força motriz de um filme. Em Sangue Negro, a tela se povoa de vilões. O filme de P. T. Anderson, um épico à altura de coisas do naipe de O Poderoso Chefão, apresenta não apenas o perverso capitalista Daniel Plainview (um colosso de trabalho de Daniel "Bill, the Butcher" Day-Lewis), mas ainda o fundamental Eli Sunday (Paul Dano). É algo fora da minha compreensão o fato de filmes rarefeitíssimos de dignidade como Titanic e Crash terem faturado o Oscar de Melhor Filme - no caso de Titanic, também levou Melhor Diretor - e Sangue Negro não, ainda que apenas sua seqüência final coloque no chinelo toda a produção cinematográfica apresentada em 2007.
terça-feira, agosto 05, 2008
Mohammed, um brasileiro
Mohammed dos Santos está preso e é notícia há cerca de uma semana em função de um desatino brutal: ele matou sua namorada, Cara Marie, britânica, de 17 anos, deixou o corpo da moça no box do banheiro de casa pra passar a noite na gandaia (uma performance da Mulher Melancia) e, ao voltar, esquartejou o corpo da menina para então jogar as partes num rio. A polícia ainda procura uma perna de Cara Marie.
Apurou-se que Mohammed teria apelado para a brutalidade medonha diante da ameaça de Cara Marie delatar aos pais de Mohammed, que residem na Inglaterra, seu vício em cocaína. Marie, conta-se, apanhava de Mohammed. Mohammed filmava as surras via celular, como registrou em imagens o corpo esquartejado da namorada.
Parece tudo fruto de uma mente perversa e predestinada para o mal que um belo dia resolveu colocar seus demônios internos em ação. Certo? Um desses apresentadores de programas televisivos com recheio de cotidianos violentos já deve ter dito que Mohammed é um vagabundo e drogado, que deveria entrar no pau e coisa pior. Mohammed certamente não é flor que se cheire, mas seu próprio advogado cantou uma boa pedra em entrevista para o G1.
Desde pequeno, segundo o advogado, Santos atirava pedras em viaturas. “Era um sinal de revolta pela perda do pai policial. Depois disso, ele teve alguns problemas com furto e roubo e até com outra tentativa de homicídio, quando adolescente”, disse Trajano.
Mohammed, maior de idade, morava sozinho e não tinha emprego conhecido. Testemunhas disseram que ele era um popular traficante em seu meio. Ele tinha histórico (roubo, furto e tentativa de homicídio) para a prática criminal. Parece que o que faltou foi o Estado fazer a sua parte diante de um criminoso reincidente. Mohammed estava livre, quando deveria estar preso. O flagrante peripatético de sua tentativa de suborno a um policial via telefone enquanto confessava o crime mostra que o rapaz achava provável escapar da cana mais uma vez. Afinal, recordemos, ele saiu pra balada logo após matar a namorada.
Mohammed, me parece, é somente outro reflexo do nosso estado cínico das coisas.
Mohammed dos Santos está preso e é notícia há cerca de uma semana em função de um desatino brutal: ele matou sua namorada, Cara Marie, britânica, de 17 anos, deixou o corpo da moça no box do banheiro de casa pra passar a noite na gandaia (uma performance da Mulher Melancia) e, ao voltar, esquartejou o corpo da menina para então jogar as partes num rio. A polícia ainda procura uma perna de Cara Marie.
Apurou-se que Mohammed teria apelado para a brutalidade medonha diante da ameaça de Cara Marie delatar aos pais de Mohammed, que residem na Inglaterra, seu vício em cocaína. Marie, conta-se, apanhava de Mohammed. Mohammed filmava as surras via celular, como registrou em imagens o corpo esquartejado da namorada.
Parece tudo fruto de uma mente perversa e predestinada para o mal que um belo dia resolveu colocar seus demônios internos em ação. Certo? Um desses apresentadores de programas televisivos com recheio de cotidianos violentos já deve ter dito que Mohammed é um vagabundo e drogado, que deveria entrar no pau e coisa pior. Mohammed certamente não é flor que se cheire, mas seu próprio advogado cantou uma boa pedra em entrevista para o G1.
Desde pequeno, segundo o advogado, Santos atirava pedras em viaturas. “Era um sinal de revolta pela perda do pai policial. Depois disso, ele teve alguns problemas com furto e roubo e até com outra tentativa de homicídio, quando adolescente”, disse Trajano.
Mohammed, maior de idade, morava sozinho e não tinha emprego conhecido. Testemunhas disseram que ele era um popular traficante em seu meio. Ele tinha histórico (roubo, furto e tentativa de homicídio) para a prática criminal. Parece que o que faltou foi o Estado fazer a sua parte diante de um criminoso reincidente. Mohammed estava livre, quando deveria estar preso. O flagrante peripatético de sua tentativa de suborno a um policial via telefone enquanto confessava o crime mostra que o rapaz achava provável escapar da cana mais uma vez. Afinal, recordemos, ele saiu pra balada logo após matar a namorada.
Mohammed, me parece, é somente outro reflexo do nosso estado cínico das coisas.
domingo, maio 04, 2008
sábado, maio 03, 2008
Selesócrates
Dá pra escalar um timaço atemporal com jogadores de nomes lendários.
1 - Gléguer (Portuguesa)
2 - Réver (Paulista de Judiaí)
3 - Odvan (Vasco)
4 - Mozer (Fla)
5 - Oliúde - o Capitão, da Portuguesa
6 - Leovegildo (Fla)
7 - Richarlysson (SP)
8 - Clei (Botafogo)
9 - Editácio - o impagável Dimba, da Dimbalada
10 - Maicossuel (Cruzeiro)
11 - Creedence Clearwater Couto
Dá pra escalar um timaço atemporal com jogadores de nomes lendários.
1 - Gléguer (Portuguesa)
2 - Réver (Paulista de Judiaí)
3 - Odvan (Vasco)
4 - Mozer (Fla)
5 - Oliúde - o Capitão, da Portuguesa
6 - Leovegildo (Fla)
7 - Richarlysson (SP)
8 - Clei (Botafogo)
9 - Editácio - o impagável Dimba, da Dimbalada
10 - Maicossuel (Cruzeiro)
11 - Creedence Clearwater Couto
segunda-feira, abril 28, 2008
Que bonito!
Tudo em família: Francisco, o neto, leva o avô famoso para que este, coitado, possa enfim ver um time de verdade jogando decisão.
Tudo em família: Francisco, o neto, leva o avô famoso para que este, coitado, possa enfim ver um time de verdade jogando decisão.
Marcadores:
Flamengo é raça e o resto é fumaça,
Obina voltará
sexta-feira, abril 25, 2008
domingo, abril 13, 2008
Mallu
"Because something is happening here/But you don't know what it is/Do you, Mister Jones?"
Há algo errado quando uma guria paulista de 15 anos lota uma casa em Porto Alegre para apresentar suas músicas e a grande revista de música em circulação no país - que já tratou de entrevistar essa mesma menina na sua última edição - apresenta na capa uma ex-modelo e atual global grávida. Tudo bem que Fernanda Lima sem roupa venda revistas, mas será que não seria o caso de dar mais valor a algo chamado conteúdo editorial?
Eu sei que a moçoila de nome Mallu Magalhães lotou o pequeno espaço chamado "Porão do Beco" porque eu estava lá. Dava para perceber que aquela lotação da casa e a atenção que o público prestava a uma menina não eram coisas ordinárias, era algo digno de nota - havia fotógrafos profissionais, câmeras de tv, gritinhos do público, aquela tensão no ambiente típica de um acontecimento notável.
Pois bem, Mallu, 15 anos, chegou em uma van vestida de terninho à la Dylan e imediatamente se dirigiu ao palco local. Uma vez no palco, a cena era toda dela. O que impressiona de fato, mais do que as músicas, é a sua execução - porque entre uma música e outra e alvo da atenção de mais ou menos 200 pessoas mais velhas que ela, Mallu volta a ser uma menina normal com seus 15 aninhos e a fala tímida e risadas infantis. Durante as músicas, compreende-se na íntegra porque a mocinha virou o fenômeno musical da internet da vez.
Mallu domina o violão e toca melhor ainda um teclado. Ela ainda apresenta-se diante diante de um banjo que descobri que ela tratou de reparar (o instrumento era do pai de uma amiga que iria jogá-lo fora) e também, acompanhada de um tecladista, aquele tecladinho de assoprar cujo nome técnico eu ignoro completamente. E, sim, há a gaita. Suas músicas, batizadas como folk, puxam pro country-rock quando mais animadinhas e Mallu consegue fazer sua vozinha de adolescente soar quase como uma cantora legítima de blues em algumas passagens.
A minha preferida da moça é a deliciosa "Don't You Look Back" que ela toca no banjo mas no show ela apresentou uma beleza de versão para "Folson Prision Blues" (sim, negadinha, The Man In Black). Seu hit "Tchubaruba" tem realmente um quê de Jack Johnson mas não é por essa praia que Mallu caminha. O que fascina, como eu digo, é como ela se porta enquanto canta e toca. Os melhores momentos de Mallu no palco contém vivacidade e simpatia únicas, com aquela malandragem que só conseguimos enquanto jovens (a mim lembrou a interação do jovem Dylan com a platéia em dias felizes do Newport Jazz Festival).
Ao final, com uma platéia que não queria que ela fosse embora do palco, Mallu deu uma canjinha básica com a música fofinha de 2008 "Anyone Else But You", do filme Juno. Nem pareceu que ela estava escaladíssima para ser uma das atrações da próxima Virada Cultural da cidade de São Paulo, mas apenas que era uma menina diante de um enorme brinquedo: nós todos.
"Because something is happening here/But you don't know what it is/Do you, Mister Jones?"
Há algo errado quando uma guria paulista de 15 anos lota uma casa em Porto Alegre para apresentar suas músicas e a grande revista de música em circulação no país - que já tratou de entrevistar essa mesma menina na sua última edição - apresenta na capa uma ex-modelo e atual global grávida. Tudo bem que Fernanda Lima sem roupa venda revistas, mas será que não seria o caso de dar mais valor a algo chamado conteúdo editorial?
Eu sei que a moçoila de nome Mallu Magalhães lotou o pequeno espaço chamado "Porão do Beco" porque eu estava lá. Dava para perceber que aquela lotação da casa e a atenção que o público prestava a uma menina não eram coisas ordinárias, era algo digno de nota - havia fotógrafos profissionais, câmeras de tv, gritinhos do público, aquela tensão no ambiente típica de um acontecimento notável.
Pois bem, Mallu, 15 anos, chegou em uma van vestida de terninho à la Dylan e imediatamente se dirigiu ao palco local. Uma vez no palco, a cena era toda dela. O que impressiona de fato, mais do que as músicas, é a sua execução - porque entre uma música e outra e alvo da atenção de mais ou menos 200 pessoas mais velhas que ela, Mallu volta a ser uma menina normal com seus 15 aninhos e a fala tímida e risadas infantis. Durante as músicas, compreende-se na íntegra porque a mocinha virou o fenômeno musical da internet da vez.
Mallu domina o violão e toca melhor ainda um teclado. Ela ainda apresenta-se diante diante de um banjo que descobri que ela tratou de reparar (o instrumento era do pai de uma amiga que iria jogá-lo fora) e também, acompanhada de um tecladista, aquele tecladinho de assoprar cujo nome técnico eu ignoro completamente. E, sim, há a gaita. Suas músicas, batizadas como folk, puxam pro country-rock quando mais animadinhas e Mallu consegue fazer sua vozinha de adolescente soar quase como uma cantora legítima de blues em algumas passagens.
A minha preferida da moça é a deliciosa "Don't You Look Back" que ela toca no banjo mas no show ela apresentou uma beleza de versão para "Folson Prision Blues" (sim, negadinha, The Man In Black). Seu hit "Tchubaruba" tem realmente um quê de Jack Johnson mas não é por essa praia que Mallu caminha. O que fascina, como eu digo, é como ela se porta enquanto canta e toca. Os melhores momentos de Mallu no palco contém vivacidade e simpatia únicas, com aquela malandragem que só conseguimos enquanto jovens (a mim lembrou a interação do jovem Dylan com a platéia em dias felizes do Newport Jazz Festival).
Ao final, com uma platéia que não queria que ela fosse embora do palco, Mallu deu uma canjinha básica com a música fofinha de 2008 "Anyone Else But You", do filme Juno. Nem pareceu que ela estava escaladíssima para ser uma das atrações da próxima Virada Cultural da cidade de São Paulo, mas apenas que era uma menina diante de um enorme brinquedo: nós todos.
sábado, abril 05, 2008
Fiona Apple
Um dia eu já fui apaixonado pela Fiona Apple. Tipo, apaixonado mesmo, eu precisava daquela mulher na minha vida. Um dia eu abri a internet impunemente e vi num site de fofocas que um cineasta menor já havia se casado com ela. Vadia escrota. Duvido que ele tenha escrito algo como o texto abaixo para ela.
"A primeira vez que vi Fiona foi num domingo, daqueles bem domingões mesmo. Eu, inútil, morrinhava em frente à TV e de repente a imagem dela surgiu, rebolando, seduzindo, quase chorando. Eu acordei. Acordei pra vida em segundos, ela era linda, tristemente linda, cortava a minha alma em frangalhos de tão linda e triste que era. E a música era "Angel", do Jimi. Linda e cantando Jimi duma forma magistral. E parecia só uma menina.
Fiquei alguns dias com a imagem dela na cabeça e os sons ressoando no ouvido. E os sons eram muito bons, acho que era um desses acústicos pra MTV. Comecei a procurar pelo disco dela, nem que fosse pelas fotos que teriam no encarte, mas eu precisava tirar a prova dos nove com aquela guria. Acabei achando o "When the pawn", que já devia ter um mês de lançado naquela época. Ela sorri na capa (belíssima), mas não é um sorriso de todo alegre. Há um quê de melancolia ali. E o disco é fabuloso.
Recheado de pianos, o clima é meio de fim de romance, ela se entrega em letras que falam de abandonos, fracassos e decepções. Em "Love Ridden", apenas voz, piano e você tentando não chorar, porque ela mesmo está tentando ser forte e a partir daí, only kisses in the cheek from now on and in a little while, we'll only have to wave. E ela segue encantando, linda que só ela. O disco é de uma tristeza só, mas a cada audição eu pinto um sorriso na cara.
Depois de uma semana ouvindo cheguei a conclusão de que estava apaixonado por Fiona. Eu precisava dela pra mim, precisava da voz e da melancolia dela em minha vida. E, meu Deus, ela era linda. Eu quero casar com Fiona, de papel passado, com bolo e festa cafona. Com foto em P&B e juras de amor eterno. Com ela me cantando ao piano "I've got you under my skin" e a gente amando desesperadamente sobre o piano horas mais tarde.
Fiona, sim, é mulher pra casar."
Fiona, ao vivo, "Fast As You Can".
Um dia eu já fui apaixonado pela Fiona Apple. Tipo, apaixonado mesmo, eu precisava daquela mulher na minha vida. Um dia eu abri a internet impunemente e vi num site de fofocas que um cineasta menor já havia se casado com ela. Vadia escrota. Duvido que ele tenha escrito algo como o texto abaixo para ela.
"A primeira vez que vi Fiona foi num domingo, daqueles bem domingões mesmo. Eu, inútil, morrinhava em frente à TV e de repente a imagem dela surgiu, rebolando, seduzindo, quase chorando. Eu acordei. Acordei pra vida em segundos, ela era linda, tristemente linda, cortava a minha alma em frangalhos de tão linda e triste que era. E a música era "Angel", do Jimi. Linda e cantando Jimi duma forma magistral. E parecia só uma menina.
Fiquei alguns dias com a imagem dela na cabeça e os sons ressoando no ouvido. E os sons eram muito bons, acho que era um desses acústicos pra MTV. Comecei a procurar pelo disco dela, nem que fosse pelas fotos que teriam no encarte, mas eu precisava tirar a prova dos nove com aquela guria. Acabei achando o "When the pawn", que já devia ter um mês de lançado naquela época. Ela sorri na capa (belíssima), mas não é um sorriso de todo alegre. Há um quê de melancolia ali. E o disco é fabuloso.
Recheado de pianos, o clima é meio de fim de romance, ela se entrega em letras que falam de abandonos, fracassos e decepções. Em "Love Ridden", apenas voz, piano e você tentando não chorar, porque ela mesmo está tentando ser forte e a partir daí, only kisses in the cheek from now on and in a little while, we'll only have to wave. E ela segue encantando, linda que só ela. O disco é de uma tristeza só, mas a cada audição eu pinto um sorriso na cara.
Depois de uma semana ouvindo cheguei a conclusão de que estava apaixonado por Fiona. Eu precisava dela pra mim, precisava da voz e da melancolia dela em minha vida. E, meu Deus, ela era linda. Eu quero casar com Fiona, de papel passado, com bolo e festa cafona. Com foto em P&B e juras de amor eterno. Com ela me cantando ao piano "I've got you under my skin" e a gente amando desesperadamente sobre o piano horas mais tarde.
Fiona, sim, é mulher pra casar."
Fiona, ao vivo, "Fast As You Can".
Ninguém segura este país!
"Caminhão brasileiro pode ter levado mosquito da dengue para o Uruguai"
Exportação de tecnologia!
"Caminhão brasileiro pode ter levado mosquito da dengue para o Uruguai"
Exportação de tecnologia!
sexta-feira, março 21, 2008
Linda > Yoko
A arte de reacender uma boa polêmica e faturar algum com isso. Por Eduardo Menezes.
Para este blog a equação seria Dylan > [(McCartney > Lennon) < Stones < Hendrix]. Mas isso é outro papo.
A arte de reacender uma boa polêmica e faturar algum com isso. Por Eduardo Menezes.
Para este blog a equação seria Dylan > [(McCartney > Lennon) < Stones < Hendrix]. Mas isso é outro papo.
Marcadores:
internet,
Lógica,
Roquenrooooooouul
terça-feira, março 04, 2008
Todos estão surdos
"Não importam os motivos da guerra, a paz ainda é mais importante."
Equador e Colômbia entram em conflito através das Farcs. Hugo Chávez, candidatíssimo a neo-babaca do Milênio, resolve aproveitar a oportunidade pra ganhar uns pontinhos de popularidade.
Me valho do Weezer pra tentar não acreditar que a estupidez humana é baixa ao ponto de líderes de países famélicos resolverem se explodir por tostões em razão de um ditador em franca decadência.
"Não importam os motivos da guerra, a paz ainda é mais importante."
Equador e Colômbia entram em conflito através das Farcs. Hugo Chávez, candidatíssimo a neo-babaca do Milênio, resolve aproveitar a oportunidade pra ganhar uns pontinhos de popularidade.
Me valho do Weezer pra tentar não acreditar que a estupidez humana é baixa ao ponto de líderes de países famélicos resolverem se explodir por tostões em razão de um ditador em franca decadência.
Marcadores:
Capitalism stole my virginity,
Filhos da puta,
Perna mecânica
segunda-feira, fevereiro 25, 2008
sábado, fevereiro 23, 2008
Obsessão
A idéia vinha de algum tempo atrás e, sem maior explicação, ganhou muita força em 2008. Sabe os óculos irados do Dylan? Então, agora virou um imperativo eu também ter um par deles.
Eu sei, é uma idéia besta e quiçá cara. De todo modo, não estou sozinho neste mundo em matéria de tietagem e babaquice.
Aqui abaixo, nosso herói da vez em ação.
A idéia vinha de algum tempo atrás e, sem maior explicação, ganhou muita força em 2008. Sabe os óculos irados do Dylan? Então, agora virou um imperativo eu também ter um par deles.
Eu sei, é uma idéia besta e quiçá cara. De todo modo, não estou sozinho neste mundo em matéria de tietagem e babaquice.
Aqui abaixo, nosso herói da vez em ação.
Marcadores:
Capitalism stole my virginity,
Ídalo
quinta-feira, fevereiro 21, 2008
Hein?
"O Talmud nos ensina que uma das causas dos terremotos é a homossexualidade", disse Shlomo Benizri, um dos 12 deputados do partido Shass, referindo-se ao livro que reúne a tradição oral religiosa judaica.
"O Talmud nos ensina que uma das causas dos terremotos é a homossexualidade", disse Shlomo Benizri, um dos 12 deputados do partido Shass, referindo-se ao livro que reúne a tradição oral religiosa judaica.
(...)
"Deus disse que sacudiria o mundo 'para despertar-vos se menearem vossos genitais' onde não tenham que fazê-lo", afirmou Benizri em uma comissão parlamentar que estuda medidas para proteger o país dos tremores.
Então, tá.
Marcadores:
Filhos da puta,
Vida de babaca é atribulada
segunda-feira, fevereiro 18, 2008
sexta-feira, fevereiro 15, 2008
Oil!
Entra em cartaz hoje o outro grande filme do ano, Sangue Negro. Estrelado pelo inacreditável Daniel Day-Lewis, a história tem cores fortes de violência, ganância e fanatismo de resultados.
Day-Lewis é Daniel Plainview, um prospector de poços de petróleo que não tem o amor ao próximo como grande meta em sua vida. No filme, Plainview entra em confronto com um pastor que lidera uma pequena comunidade no interior dos EUA que habita uma terra que cobre barris e mais barris de petróleo.
Dirigido por Paul Thomas Anderson, o nome original do filme é "There Will Be Blood" e foi inspirado no livro "Oil!", de Upton Sinclair.
Confira aqui a peleja no site oficial do filme.
Entra em cartaz hoje o outro grande filme do ano, Sangue Negro. Estrelado pelo inacreditável Daniel Day-Lewis, a história tem cores fortes de violência, ganância e fanatismo de resultados.
Day-Lewis é Daniel Plainview, um prospector de poços de petróleo que não tem o amor ao próximo como grande meta em sua vida. No filme, Plainview entra em confronto com um pastor que lidera uma pequena comunidade no interior dos EUA que habita uma terra que cobre barris e mais barris de petróleo.
Dirigido por Paul Thomas Anderson, o nome original do filme é "There Will Be Blood" e foi inspirado no livro "Oil!", de Upton Sinclair.
Confira aqui a peleja no site oficial do filme.
quarta-feira, fevereiro 13, 2008
Leiam, por favor
Em tempo, como era de se suspeitar, não há um desembargador no TJ-DF com o nome de Geraldo Pinto Soares e notícia não passa de uma piada que virou "barriga".
Em tempo, como era de se suspeitar, não há um desembargador no TJ-DF com o nome de Geraldo Pinto Soares e notícia não passa de uma piada que virou "barriga".
Marcadores:
Hahahahahaha,
Vida de babaca é atribulada
terça-feira, fevereiro 12, 2008
1,6 milhão de reais
A inacreditável Veja desta semana me saiu com uma reportagem onde apresentava um estudo que continha quanto se gasta para se criar razoavelmente um filho aqui no Brasil. No estudo, "pesquisadores do Instituto Nacional de Vendas e Trade Marketing (Invent) investigaram os hábitos de 320 famílias, de todos os estratos sociais. Mediram quanto cada uma delas gastava com alimentação, educação, saúde, babá, empregada, fraldas, roupas, sapatos, esportes, viagens de férias, mesada, festas, cinema, shows, equipamentos eletrônicos e brinquedos. "
A tabela aí representa os gastos de uma família de classe média alta. Sei não, pra gastar essa grana, prefiro adotar o Romário.
A inacreditável Veja desta semana me saiu com uma reportagem onde apresentava um estudo que continha quanto se gasta para se criar razoavelmente um filho aqui no Brasil. No estudo, "pesquisadores do Instituto Nacional de Vendas e Trade Marketing (Invent) investigaram os hábitos de 320 famílias, de todos os estratos sociais. Mediram quanto cada uma delas gastava com alimentação, educação, saúde, babá, empregada, fraldas, roupas, sapatos, esportes, viagens de férias, mesada, festas, cinema, shows, equipamentos eletrônicos e brinquedos. "
A tabela aí representa os gastos de uma família de classe média alta. Sei não, pra gastar essa grana, prefiro adotar o Romário.
quinta-feira, janeiro 31, 2008
Ereções 2008
O Rio de Janeiro sofre um drama particular há décadas: a insignificância política. Outrora capital federal, a cidade vem desde a primeira administração Maia penando nas mãos do democrata laranja que não encontra concorrente à altura de suas pretensões de transformar a cidade num feudo seu. Até Marcelo Crivella, benzido pelo bispo Macedo e abençoado pelo casal Garotinho, não teve chances contra o alcaide - que faturou assim, sua terceira eleição, em 2004.
Maia chegou à prefeitura da cidade em 1993, após vencer as eleições municipais de 92. E de lá só "saiu" entre 1997 e 2001, quando pôs lá sentado no trono seu ex-secretário de obras e mastodonte de estimação Luiz Paulo Conde, a quem derrotou na eleição seguinte já que o ex-secretário se sentiu bastante bem no trono - e já tínhamos na época o advento da reeleição. Quando Cesar retornou ao poder, não mais saiu. Já são 16 anos ali na moita, metade deles sem tirar.
Foi durante a sua administração que o caos urbano da cidade se tornou esse fenômeno global e o papel da cidade como ex-capital federal nos acontecimentos nacionais se tornou peça de museu. Ex-comuna e ex-aliado de Brizola, Maia agora defende apenas a si mesmo na prefeitura do Rio e trata de arar o solo para seu filhote Rodrigo Maia, voz possante da juventude pefelista (quero dizer, democrática) e casado com uma filha do casal Garotinho.
Os frutos da administração Maia nós conhecemos bem. Redes de ensino e saúde públicas quebradas, população dos morros vivendo cada vez mais à margem da legalidade, total lapso de novas lideranças municipais. E creiam, pode piorar. O grande favorito para as próximas eleições até então é o inigualável Wagner Montes.
Bom, ainda há um fiapo de esperança.
Taí uma bela desculpa pra manter meu título no Rio.
O Rio de Janeiro sofre um drama particular há décadas: a insignificância política. Outrora capital federal, a cidade vem desde a primeira administração Maia penando nas mãos do democrata laranja que não encontra concorrente à altura de suas pretensões de transformar a cidade num feudo seu. Até Marcelo Crivella, benzido pelo bispo Macedo e abençoado pelo casal Garotinho, não teve chances contra o alcaide - que faturou assim, sua terceira eleição, em 2004.
Maia chegou à prefeitura da cidade em 1993, após vencer as eleições municipais de 92. E de lá só "saiu" entre 1997 e 2001, quando pôs lá sentado no trono seu ex-secretário de obras e mastodonte de estimação Luiz Paulo Conde, a quem derrotou na eleição seguinte já que o ex-secretário se sentiu bastante bem no trono - e já tínhamos na época o advento da reeleição. Quando Cesar retornou ao poder, não mais saiu. Já são 16 anos ali na moita, metade deles sem tirar.
Foi durante a sua administração que o caos urbano da cidade se tornou esse fenômeno global e o papel da cidade como ex-capital federal nos acontecimentos nacionais se tornou peça de museu. Ex-comuna e ex-aliado de Brizola, Maia agora defende apenas a si mesmo na prefeitura do Rio e trata de arar o solo para seu filhote Rodrigo Maia, voz possante da juventude pefelista (quero dizer, democrática) e casado com uma filha do casal Garotinho.
Os frutos da administração Maia nós conhecemos bem. Redes de ensino e saúde públicas quebradas, população dos morros vivendo cada vez mais à margem da legalidade, total lapso de novas lideranças municipais. E creiam, pode piorar. O grande favorito para as próximas eleições até então é o inigualável Wagner Montes.
Bom, ainda há um fiapo de esperança.
sábado, janeiro 19, 2008
segunda-feira, janeiro 14, 2008
sexta-feira, janeiro 11, 2008
quinta-feira, janeiro 10, 2008
Joilma
Joilma, pelo que se diz, tem um sonho: aparecer no BBB. A moça, de Teresina, Piauí, investiu no sonho. Torrou 2 mil da poupança, arranjou 10 mil emprestados e investiu em ensaios fotográficos, técnicas diversas de embelezamento, apareceu na TV local de biquíni no meio da rua, perdeu o namorado, perdeu a formatura e, a vida é dura, vai ter que ver tudo pela TV.
Na imagem, Joilma usa todo seu poder de sedução para convencer a produção global de que o Piauí é logo ali.
Joilma, pelo que se diz, tem um sonho: aparecer no BBB. A moça, de Teresina, Piauí, investiu no sonho. Torrou 2 mil da poupança, arranjou 10 mil emprestados e investiu em ensaios fotográficos, técnicas diversas de embelezamento, apareceu na TV local de biquíni no meio da rua, perdeu o namorado, perdeu a formatura e, a vida é dura, vai ter que ver tudo pela TV.
Na imagem, Joilma usa todo seu poder de sedução para convencer a produção global de que o Piauí é logo ali.
segunda-feira, janeiro 07, 2008
O cinema vive
Nação Fast Food. O Homem Duplo. Antes do Amanhecer. Escola do Rock. Talvez você não desconfie, mas são todos filmes do mesmo diretor - e o nome dele é Richard Linklater. Dono de um talento capaz de fazer uma deliciosa comédia-musical-pastelão nos melhores moldes do cinemão (sem precisar tratar seu público infanto-juvenil como gado) e logo a seguir embarcar numa viagem sentimental-psicodélica-filosófica, Linklater nos prova que o cinema não precisa nem se complicar demais e nem se rastejar no lodo do lugar-comum.
Sem mais recente "Nação Fast Food" atinge a cadeia produtiva de McDonald's e quetais com muito mais força do que a forçação de barra engraçadinha do Super Size Me. Sua dupla romântica "Antes do Amanhecer"/"Antes do Pôr-do-Sol" acabaram se tornando a sessão da tarde por excelência da geração 90, filmes que tratam o amor como a aventura sem-rumo que ele se tornou em tempos incertos.
O cinema de Linklater busca antes de tudo o espectador, que está ali para ver uma história a ser narrada por imagens. A graça é que Linklater procura a cada filme oferecer algo novo a seu público. Seus filmes são todos feitos para quem gosta de cinema.
Nação Fast Food. O Homem Duplo. Antes do Amanhecer. Escola do Rock. Talvez você não desconfie, mas são todos filmes do mesmo diretor - e o nome dele é Richard Linklater. Dono de um talento capaz de fazer uma deliciosa comédia-musical-pastelão nos melhores moldes do cinemão (sem precisar tratar seu público infanto-juvenil como gado) e logo a seguir embarcar numa viagem sentimental-psicodélica-filosófica, Linklater nos prova que o cinema não precisa nem se complicar demais e nem se rastejar no lodo do lugar-comum.
Sem mais recente "Nação Fast Food" atinge a cadeia produtiva de McDonald's e quetais com muito mais força do que a forçação de barra engraçadinha do Super Size Me. Sua dupla romântica "Antes do Amanhecer"/"Antes do Pôr-do-Sol" acabaram se tornando a sessão da tarde por excelência da geração 90, filmes que tratam o amor como a aventura sem-rumo que ele se tornou em tempos incertos.
O cinema de Linklater busca antes de tudo o espectador, que está ali para ver uma história a ser narrada por imagens. A graça é que Linklater procura a cada filme oferecer algo novo a seu público. Seus filmes são todos feitos para quem gosta de cinema.
Assinar:
Postagens (Atom)